Vacations in imaginary Switzerland

Resolvi dar-nos tréguas. Porque ninguém desta família merece passar as suas férias num campo de batalha. Porque eu mereço férias. Porque preciso sentir que lá no fundo ainda és o homem que eu sempre admirei e com quem sempre brinquei. Porque ainda quero guardar uma réstia de orgulho ao ouvir que somos tão parecidos. Durante duas semanas vamos colocar uma tampa e fingir que está tudo bem. Sim?

May your glass never shatter*

Se há coisa que eu não suporto é vigarices, disse ela com a sua sabedoria octagenária. Pessoas que enganam e dissimulam, acrescentou. E eu pensei cá para mim: espero que nunca o vejas com os meus olhos, que nunca saibas o que eu sei nem sintas o que tenho cá dentro. Prefiro ser eu a filha com causa infundada a que sofras por ele. Porque não vale a pena viver e amar tanto para depois cair tão fundo. Não assim.

*How I met your mother reference

Na pele travo a laranja e na boca três gomos de riso*

Fui de férias, daquelas mesmo férias, férias. Férias de ler e não ligar a televisão. Férias de não ver quase ninguém e de dormir e dormir e dormir. Férias que nos deixam a pele com um travo caseiro; sabão azul e fruta fresca. Até Setembro...

*Dina, Amor de água fresca

As I said...

«... no cat in sight...»

It's all so quiet... sssh, sssh...

«quem dera que estas férias também me tragam momentos assim»

Memo

Uma palavrinha aos senhores responsáveis pelos anúncios do Modelo, Continente, Feira Nova e outros hipermercados que tais: parem de fazer publicidade ao regresso às aulas durante o mês de Agosto!!! Para quem ainda não teve férias (quem ainda só amealhou três tarditas de praia) ter que assistir a esse frenesim de anúncios é altamente desmotivante! Não que me diga muito respeito (isto das promoções do regresso às aulas para mim é só para marcadores fluorescentes e resmas de papel) mas mesmo assim!!...

Note to self # 5

Quando voltar de férias vou ter muitas flores para regar...

There's a double meaning in that... (Much ado about nothing)

Small breakthrough

O que odeio em ti não são os teus erros, mas sim essa tua persistência em não querer corrigi-los. Esse teu comportamento obstinado que nada parece abalar, nem mesmo o meu coração partido. Se sabes que me dilaceras e me torturas, será que isso em si não é motivo suficiente para parar?

Shake off the dust

Custa sempre a recomeçar. Esta sonolência que se instala em nós e que nos faz esquecer como são bons os momentos que passamos fora de casa. O corpo fica dormente e com preguicite para sair. É preciso dar um pontapé no nosso rabo e abrir a porta sem pensar. Assim que o vento nos bate na cara e nos sacode a preguiça o resto torna-se babete...

Poor Kyo-kun

Desde o início dos jogos olímpicos que vou diariamente ao google ver qual a imagem do zodíaco chinês é que colocaram a praticar desporto. Só há pouco tempo é que me lembrei que nunca vou encontrar o gato. E fiquei triste...

Breeze

Ela chega e assim que a chave entra na fechadura e oiço a sua vozinha aguda sinto um peso a ser-me levantado dos ombros. Finalmente estou livre! É como se este último mês não tivesse passado de um sonho mau. Posso finalmente respirar.

Caught in the web

Afinal tanta coisa, tanta coisa e também fiquei com a febre dos Jogos Olímpicos...

Now that I think about it...

Estas últimas semanas teem sido bastante bipolares. Posts vindo do fundo do poço intercalados com posts vindos de lá de cima. Isso é porque tu existes e tens essa tua forma característica de agir. Porque aqui em casa reina um miasma asfixiante e esse teu pessimismo deixa-me oca por dentro. E depois há o outro lado. Um mundo exterior com sol e calor, onde há Keps e Andanças e abraços grátis e outras coisas que tais que me fazem esquecer o resto. Eu recarrego as baterias para depois tu mas consumires numa questão de minutos. Recarrego. E tu descarregas-me. E recarrego. E tu descarregas-me. Este último mês tem sido uma tarde infindável no sobe e desce.

As sereias do poço azul

«Andanças 2008 no coração»

Light at the end of the tunnel

Contagem decrescente até terça-feira...

Dots of light

No meio de toda esta tempestade descubro uma companheira de cela. Alguém que fala a minha língua e que me faz ver que ainda não enlouqueci. Alguém que por uma vez me compreende sem acrescentar um mas e sem se deter na tua presença. O café que mais me aquece é sempre o nosso de sábado à noite. Como sabe bem fazer de ti a nossa boneca de voodoo.

But no Joni Mitchell

Pode ser uma imagem um bocado forte, mas sinto-me como a Emma Thompson fechada no quarto a chorar em Love Actually.

Clash

Passo o dia a ver fotos dos outros e a ler relatos alheios. Festas, viagens, saídas, amigos, praias... O meu telemóvel é a mesma história: festas, saídas, amigos, praias. E eu digo que não, não pode ser. Recuso convites quase como quem vai fazendo cortes nos braços. Estou cansada de dizer não. Pior; estou cansada de dizer não por alguém como tu. Porque por mais que esbraceje tu continuas cego e imóvel. Porque sei que nunca te conseguirei mudar e isso deixa-me frustrada. Por vezes sinto-me enlouquecer; ninguém aqui vê o mesmo que eu. Será que é assim tão difícil??? Não me venham com tretas! Conversas sobre responsabilidades e deveres. Responsabilidades... Como se eu fosse a mãe de alguém! Como se eu não tivesse somente vinte e dois anos. Será que é assim tão reprovador que tente viver umas férias normais? Tenho as asas a cheirar a mofo. Vejo o relógio a passar sei que esta vida em breve chegará ao fim e sei que quando esse tempo terminar te odiarei por aquilo que não vivi, pela culpa que me colocaste nos ombros, pelo pó que enche as minhas asas.

Intermission

Preciso de férias férias. De sol, de praia e de sestas a cheirar a pêssego. Preciso do cabelo cheio de sal e de ver das páginas a passar. De partilhar histórias de décadas passadas à varanda pela madrugada dentro. Do cheiro do pão quente. Mas mais do que tudo preciso da tua ausência. Porque me fartei. Não dá mais; preciso de uma pausa.

ABRAÇOS GRÁTIS...

... são do melhor que há.

Killing me softly

É preciso saber reconhecer os nossos limites. A verdade é que há alturas em que um chick flick pode ser nocivo. Na maioria dos dias há um limite bastante reduzido de músicas hiper românticas que posso ouvir. Esqueçam a Ana Carolina ou a Celine Dion. Não dá! Já sei onde essa estrada vai dar e nunca me traz nada de bom. Há frases que são tabu. Não pode ser. O melhor é admitir abertamente que ainda não chegou o momento. Ainda não dá. Um dia farei as pazes, mas por agora esse ainda é um território proibido. Pode haver quem ache que tudo não passa de mais uma idiotice minha, no entanto não consigo deixar de considerar que é apenas ser inteligente e evitar lágrimas e desgostos desnecessários. Bater com uma frigideira na cabeça? não obrigada!

Vá para fora cá dentro

Mais uma aventura que me leva a descobrir coisas novas lá fora e cá dentro. Com o Andanças lembrei-me que vivemos num país lindíssimo que dificilmente trocaria por outro. O ar e a água da serra, a vegetação abundante, as terrinhas mimosas espalhadas por todo o Portugal, a gastronomia de sonho... Descobri um festival que me trouxe uma perspectiva fresca sobre tanta coisa. Conheci pessoas novas e lembrei-me de um eu diferente que ainda trago cá dentro. Aprendi mais do que dança; redescobri-me e reinventei-me.

Mas antes do descanço...

ANDANÇAS!!!!!

Joana e Laura de malas aviadas para uma semana de loucura!

Nota 2

Parabéns Sofia!!!

Nota 1

Parabéns Xary!!!!

I make lists in my sleep*

Isto é uma obcessão de criança, esta de fazer listas de tudo o que quero fazer e depois ver com satisfação os items a serem cortados um a um. Faço listas por tudo e por nada. É como se fosse um jogo, uma forma de puxar mais por mim e de sentir que não estou sozinha. E depois faço listas pelos outros. Digamos que é um comportamento que vai por arrasto; quando me canso de competir só comigo começo a comparar-me aos outros. Os meus feitos num dos pratos da balança e o dos outros no outro. É inútil e fútil. Pior: é uma fonte de ansiedade idiota. No fundo sei bem que isto não leva a nada. Há sempre pessoas que vão ler mais do que eu ou ver mais filmes do que eu. E então? Eu não tenho de fazer o mesmo. Não é uma competição. Sei que por muito tempo que tenha nunca conseguirei fazer tudo. Nem é suposto. E se por acaso não passar o Verão com o nariz enfiado nos livros como de costume? Só quer dizer que tenho outras coisas na minha vida, não que deixei de apreciar a minha querida leitura. Devia aceitar as minhas escolhas de forma mais pacífica e menos turbulenta. O mal desta ansiedade é que me deixa cega. Tenho de aprender a inspirar fundo mais vezes e apreciar a paisagem.

*Rent Soundtrack

Estação dos desejos

Parece que estamos na época das bruxinhas. É um bocado ridículo, mas continuo a persegui-las no meio da rua como quando era pequena.