Costumava pensar que não vivia o suficiente. Olhava para os outros sempre de um lado para o outro e eu aqui dentro de quatro paredes. Durante o ano lectivo passava o meu tempo livre no quarto, nas férias continuava no mesmo sítio. Nada de festas, de grandes sozializações. Havia algo de errado. Agora, com a promessa de férias já a desenhar-se lá longe no horizonte já não quero sair. Abracei a minha natureza assim e não a queria de outra forma. Quero dias de lazer não para ir para grandes raves e bebedeiras mas para sossegadamente viajar por páginas desconhecidas. Por redescobrir a minha língua escrita. Por ouvir a brisa a passar pelos espanta-espíritos depois do almoço. Sair sim, mas não para sítios que sejam comummente apelidados de in. Anseio por ritmos mais calientes, os mesmos de sempre, por um mundo à parte do resto de mim, pelas caras e os sorrisos de sempre. No fim não importa nada as críticas que façam sobre como giro o meu tempo. Gosto-me assim.
1 comment:
cada coisa tem a sua gaveta. mas como em tudo, há coisas que guardamos nas gavetas de cima e outras que se deixam ficar no escuro do fundo de outras. e porque as gavetas são tuas e o que é nosso é precioso, acho bem que as giras como bem te apetece. porque senão é como quando nos mexem no que nos pertence e parecemos não saber às quantas andamos. (e isso é tão irritante!)
os dias passam; nós vivemos neles como melhor nos sabe.
beijo grande *
[eu disse que me portava bem desta vez. :)]
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