Primeiro aparecem as pessoas. Assim de repente, alegres, bem-dispostas e cheias de virtudes. Tudo são rosas e concordia. Mas depois, quando elas já se colaram às paredes do nosso coração, depois veem os defeitos. Devagarinho e pela calada. Começamos a ver coisas que podíamos jurar que não estavam ali antes. Pequenos vícios, manias, jeitos e defeitos. É quase sempre assim. Porque a principio queremos sempre ser melhores, darmo-nos bem e sermos um grupo unido e uma equipa que mais parece uma família (a dois, a três ou a vinte). Mas com o tempo e com a familiariedade as pessoas vão baixando a guarda. Parece o quebrar de um feitiço. Sentimos que talvez aqueles bons tempos que passámos estejam a chegar ao fim. Mas não. A verdade é que é nesse ponto que as coisas começam a valer mesmo a pena. Quando os defeitos dos outros nos batem à porta e decidimos que, quando colocados na balança, as suas qualidades e a amizade que nos une vale muito mais. Que não importa. Porque também nós temos as nossas falhas e afinal que tipo de amigos seríamos nós se debandássemos por tão pouco? Por um pouco de humanidade. A verdade é que o baixar a guarda é um elogio. É o dizer aqui estou, um melting pot de qualidades e defeitos e acredito que verem-me como sou apenas irá fortificar a nossa amizade. Portanto obrigada.
You can't love people in slices.
2 comments:
Yeah, that's just how it goes. We get to put up with other people's crap while they have to put up with ours.
It's a very democratic process I should say. lol
couldn't agree more :)
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