Hoje tive de enfrentar um facto que já se vinha a adivinhar no horizonte. Algo que me estilhaça o coração, coloca os restos num almofariz e desfá-los em pó até não ficar nada. Tenho um buraco no peito, mas de alguma forma o sangue ainda viaja. A respiração ainda se faz. Mesmo sem batimento cardíaco. E portanto sei que hei-de sobreviver, que esta é só mais uma coisa a ser ultrapassada. Como ainda não sei. Por enquanto apenas respiro. Vou dormir. Deixar que o corpo me leve. Em piloto automático. Amanhã logo se vê.
*Gone with the wind
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