A nossa casa tem um ritmo próprio. Horários e modos de fazer as coisas. E as pessoas no seu interior vão se encaixando no tempo umas das outras. Eu adoro estas coisas. Vivo para a rotina. Adoro-a de paixão, faz-me sentir segura e confortável. Portanto sou apaixonada pela a sua cadência relativamente regular.
Eu levanto-me pelas nove, banho, pequeno-almoço. O pai levanta-se a horas indefinidas, pequeno-almoço e banho. Depois das voltinhas nos mails e redes sociais, começa-se a trabalhar por volta das dez, dez e meia. À uma almoça-se. Sopa e o prato principal. Trabalha-se até às cinco e meia com várias pequenas pausas para falar com o Zé. Depois é faculdade, cappuccino, aulas, casa. Sopa. O pai nunca se sabe quando chega e se ainda vem jantar ou não. Computador, mails, traduções e leituras emaranhados até à uma e meia, duas da manhã. Às quintas, de quinze em quinze dias, vou almoçar com a octagenária ou trato de assuntos domésticos (compras, telefonemas que envolvem ficar horas à espera a ouvir a mesma musiquinha irritante). À noite a C. vem cá para casa. Sextas, depois da psico-terapia, há uma horinha e tal de televisão. Sábados eles passeiam, eu ando pelos musicais. Chego às dez e tal a casa. Caio na cama e esqueço o resto do mundo. Domingos faz-se o mínimo de trabalho possível e à noite é serão familiar. Banho do Zé, jantar take out, sessão de cinema a quatro e muito de vez em quando um joguinho de poker.
É uma vida boa :)
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