Sinto-me usada. Descatável. Um pedaço de bubblewrap sem mais bolinhas para rebentar. Um cadáver sem sangue. Sem nada. Sozinha no escuro. Dei o que tinha para dar e agora sou deitada fora na lama. Pudesse eu jurar que foi a última vez, que nunca mais acreditarei em ti. Não quero saber se achas que o que te digo está distorcido, continua a ser o que sinto. Nos últimos dias tenho sido a corda do cabo de guerra. Cada um puxa por seu lado e pouco importa que me desfaça.
Joana tens de me ajudar.
Tem de reescrever a entrevista e entregar na próxima aula.
Devias ter dito logo que não.
Vem sair sábado à noite.
Vais fazer um teste extra, vê se te aplicas.
Despacha-te a ler o livro para começares a fazer o trabalho.
Achas bem estares a ver um filme? Devias estar a traduzir.
Têm de entregar uma folha com os tópicos do trabalho na próxima aula.
Não desistas de Linguística Inglesa... se estudares...
Porque é que te baldaste à aula de dança?
E onde estou eu no meio disto tudo? Será que tenho direito de existir?? Não basta já este coração assaltado? Não basta as tardes e noites a fio que dediquei a um trabalho que no fundo é teu e não meu? Não te chega as coisas de que desisti por isto? A confusão em que tenho a minha vida à conta do teu problema? És cego?? Falas de ajudar os outros, de ajudar a família, mas quando te estendo o braço com esforço tu exploras-me até ao tutano. E não ficou nada de mim. Porque eu era má. Eu era mal-agradecida... Eu...
3 comments:
wow vamos lá parar um bocadinho. stop. rewind. sinto a cabeça à roda. que espiral absurda.
usar e abusar até romper. brincadeiras crueis com(o) uma bonequinha de trapos.
depois do tornado, ajeitas o cabelo, limpas a saia e bates os calcanhares nos teus sapatinhos carmim. amanhã vais sentir-te mais tu. vais ver :)
beijo grande *
porque é que aqui e no post seguinte (back to me-ville), eu estou como anonymous?
estúpidos.
*
e é nestas alturas que se vê a nossa força e aquilo de que somos capazes.
beijos *******
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