Somos só números.
.
Na altura tal frase orweliana fez tanto sentido e no entanto agora, a apenas alguns minutos de distância, parece uma afirmação surgida de um mundo tão estrangeiro... Depois de tudo o que se tem vindo a passar nos últimos meses, nos últimos dias, nas últimas horas, custa-me a processar que sou (ou serei) um conjunto de dígitos (des)ordenados. Sou kep com P maiúsculo, descobri a Laura que vivia cá dentro e quebrei revertigo. Se alguma vez estive no caminho para me tornar um número ou um peixe de cardume então digamos que a certa e (in)determinada altura algumas e/ou todas as extremidades do meu ser deram o grito do Ipiranga. Estou a desbravar (o meu) caminho.
No comments:
Post a Comment