Estou num daqueles momentos em que percepciono a realidade em camara lenta. Como se fosse uma realidade alternativa, demasiado surreal para estar mesmo a acontecer. Quero parar. Não posso. Sou esmagada por uma ampulheta cuja base continua a encher-se de areia. Sem piedade. O meu mundo parece desmoronar e eu sou apenas uma espectadora. Começo a hiperventilar. Peço ajuda. Tu estendes-me meia mão, mas isso não chega. Eu explico-me, repito e esbracejo. Nada. Apresentas a resposta possível e insuficiente ao meu problema e vais-te embora. Nunca percebeste esta parte do funcionamento humano. O que eu quero agora é alguém que me ampare a queda. O que eu preciso é de alguém aqui. Da solução trato eu. O que preciso é de um ser humano.
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