Há uma Joana pequenina que se recusa a dizer não. É uma criança teimosa e casmurra que tenta obter o que quer nem que para isso seja preciso todo o tipo de curvas e contracurvas. Mas então e se fosse assim? ou então assado? Sempre sem se calar até ver a vontade satisfeita.
Há uma Joana grande de óculos encaixados na cana do nariz e com uma noção matemática e prudente na realidade. Não, isso já é demais. Não pode ser. Desiste de uma e mantem as outras. Uma estratega sem medo de sacrificar peões.
E depois há a Joana. Eu dividida e soterrada pelas vozes das outras duas.
Neste caso o tema é o teatro. Desistir de um curso que implica muitos (demasiados) sacrifícios. Que traz tanta felicidade e crescimento mas também exige muito esforço e dedicação. Exige tempo e energia num período em que ambos escaceiam. No semestre de Tradutologia. Numa altura em que o meu irmão vai ser operado duas vezes num hospital que nem sequer fica em Lisboa. Um curso com o espectáculo final agendado para o mesmo dia do da Escola de Musicais. Eu sei o que tenho a fazer. Mas depois olho para as pessoas e relembro o que são os cursos de teatro e não consigo dizer não...
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