É engraçado isto da herança de alcunhas. A minha é simplesmente o meu apelido, que já é tão meu (no sentido em que já respondo somente por ele há tantos anos) que ainda acho estranho que quando estou com o meu pai viremos ambos a cabeça ao ouvi-lo. Com o meu avô era o mesmo. Ainda hoje meio mundo se refere a ele apenas pelo (nosso) apelido. Mas eu sou a primeira mulher da família a quem isto se aplica. Eu sou a quebra, sou a nova geração, sou o abanão dos costumes. Também sou a primeira com apenas um nome próprio. A primeira não-Maria. Eu sou a verdadeira mulher de calças, a primeira com um curso superior, a primeira a envergar o nome masculino. E tenho tanto orgulho que nem me importo dessa anulação tão frequente do meu nome próprio. Eu sou a mudança.
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Sim, quando eu perguntei à Filipa se tinha uma prima chamada Joana, ela respondeu-me: ah, a Joana Manata! E eu fiquei estupefacta ao perceber que o nome do teu blog é afinal mesmo o teu apelido, quando tudo junto (tututururu - mahnan manata - tuturutu) me soava a qualquer coisa que envolvesse timon e pumba (não percebo porque!).
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