Changed the locks and moved on. Life was good. Then you came again and swept everything off the table. How did you get in again? And unnoticed! One minute I'm fine and the next I catch myself thinking of you. No matter what I do you always find a way to sneak back in. It seems my heart is ajar for you and you come in and out as you please. This is not a playground, you know? I'm tired of feeling my heart welling up, bursting with sighs and fallacies of us. Go now, while I'm numb. Leave before the tears and all the mess arrive. Fly away and this time feel free to not send any postcards.
Saturday, March 31, 2007
Friday, March 30, 2007
Avô Cantigas auf deutsch
Ter um professor universitário que é a réplica exacta do Avô Cantigas (uma semelhança clónica!) é giro, enternecedor e... estranho. É desconcertante passar duas horas a olhar para um senhor a falar acerca de cultura alemã do século XIX - meio em português, meio em alemão - e ouvir o raio da música do Avô Cantigas na cabeça o tempo TODO! Pior ainda quando só se sabe dois versos e estes se repetem ineterruptamente! Agora vamos "supor" que o ilustríssimo professor se decide a dar as aulas sentado de pernas cruzadas num estirador dos grandes (daqueles que abundam nalgumas salas da FCSH, vá-se lá saber porquê, visto que não temos cursos de artes). É como entrar numa realidade paralela! Amoroso e... sureal!
Frustração
Numa aula de Cultura Alemã do Século XIX:
Rustraform am rnakvo cnesneog jdsnan Kandinsky ckdojne naf fjskidjen cjand jmajkkakrow jkocnan ngoh fdjf odfhwoe Kandinsky ofhdin dekvaj adj djeh jiorhrt pechd hodhaarhuy rehdhdihraehe ab hokhdeihr Kandinsky hehfifhr heghsgofiaf et galfhsois Kandinsky deghoghog ofbuvfroger tar gopefjuweb vijsauj Kandinsky alt aopetol vjusngitis wohbun usbavix dir buwbeav kixbois jgjshvnsbgfbwjchabdhsuchabdj Kandinsky habduhjcba ekhcvakhf ksdjkvbobo hdehcbsbegc bit eshdhszgdgeg Kandinsky edghyhruk jibgerdt opityundfter bafg gadertchids...
Documentários em alemão sem legendas... NÃO!
Sunday, March 25, 2007
How to be good # 2
When David's asleep, I can turn him back into the person I still love: I can impose my idea of what David should be, used to be, on to his sleeping form, and the seven hours I spend with that David just about gets me through the next day with the other David.
Nick Hornby
Friday, March 23, 2007
Thursday, March 22, 2007
BIG BROTHER IS WATCHING YOU
Confesso que andar na rua e ser constantemente surpreendida por isto me dá medo, muito, muito medo...
Wednesday, March 21, 2007
Bits and pieces # 2
O último capítulo de um livro - qualquer livro em geral - é sempre problemático. Porque é o último e entre linhas e parágrafos perco a concentração. Quero correr, chegar ao fim. Apressar até à derradeira palavra. Tantos finais pouco apreciados por esta sagacidade... Mas é practicamente inevitável! Chego a um certo ponto e todos os outros livros começam a chamar por mim, gritando incessantemente, abafando o livro que ainda tenho no colo. Tantas possibilidades que anseio por correr para as estantes. Dedilhar e percorrer. Pousar por fim a obra cansada e mergulhar por outros mares...
Sunday, March 18, 2007
27.
A literatura, que é a arte casada com o pensamento e a realização sem a mácula da realidade, parece-me ser o fim para que deveria tender todo o esforço humano, se fosse verdadeiramente humano, e não uma superfluidade do animal. Creio que dizer uma coisa é conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror. Os campos são mais verdes no dizer-se do que no seu verdor. As flores, se forem descritas com frases que as definam no ar da imaginação, terão cores de uma permanência que a vida celular não permite.
Mover-se é viver, dizer-se é sobreviver. Não há nada real na vida que o não seja porque se descreveu bem. Os críticos da casa pequena soem apontam que tal poema, longamente ritmado, não quer, afinal, dizer senão que o dia está bom. Mas dizer que o dia está bom é difícil, e o dia bom, ele mesmo, passa. Temos pois que conservar o dia bom em uma memória florida e prolixa, e assim constelar de novas flores ou de novos astros os campos ou os céus da exterioridade vazia e passageira.
Tudo é o que somos, e tudo será, para os que nos seguirem na diversidade do tempo, conforme nós intensamente o houvermos imaginado, isto é, o hourvermos, com a imaginação metida no corpo, verdadeiramente sido. Não creio que a história seja mais, em seu grande panorama desbotado, que um decurso de interpretações, um consenso confuso de testemunhos distraídos. O romancista é todos nós, e narramos quando vemos, porque ver é complexo como tudo.
Tenho neste momento tantos pensamentos fundamentais, tantas coisas verdadeiramente metafísicas que dizer, que me canso de repente, e decido não escrever mais, não pensar mais, mas deixar que a febre de dizer me dê sono, e eu faça festas com os olhos fechados, como a um gato, a tudo quanto poderia ter dito.
Bernardo Soares, Livro do Desassossego
Wednesday, March 14, 2007
Shopaholic
Se há coisa que não compreendo é o instinto materialista. Esta febrezinha que não morre. Este formigueirozinho nas mãos e no estômago por mais livros, filmes, séries, cds... Isto quando ainda há tanto para descobrir em casa - livros por mergulhar, dvds ainda com plástico. Porquê? Porque é que este bichinho não se cala? Odiaria pensar que valorizo mais coisas que pessoas. Não quero ver-me como uma consumista obcecada, um esquilo frenético a armazenar bolotas para o Inverno... Não que seja a única, não! Não há dia que passe sem que oiça meia dúzia de gente a suspirar pelo que não comprou. Que raio de geração é esta? Comprar, comprar, comprar... Porque será que os dias de Verão fechada em casa e sem vontade de mais nada não podem durar o ano inteiro? Dias em que se dorme, lê e vê filmes repetidamente sem precisar de mais. É aquilo que se tem e pronto! Porque será que não posso esperar até não haver mais livros em casa para devorar? Porquê esta tortura constante, este acenar que eles me fazem todos os dias ao passar pelas estantes? A incapacidade crónica de sair de mãos vazias da fnac, o suspirar perante a wishlist que só com muito esforço não aumenta diariamente... Juro que não percebo!
Friday, March 09, 2007
Sunday, March 04, 2007
How to be good # 1
We said nothing for a while. He was in a North London kitchen saying nothing, and I was in a car park in Leeds saying nothing, and I was suddenly and sickeningly struck by how well I knew this silence, the shape and the feel of it, all of its spiky little corners. (And of course it's not really silence at all. You can hear the expletive-ridden chatter of your anger, the blood that pounds in your ears, and on this occasion, the sound of a Fiat Uno reversing into a parking space next to yours.) The truth is, there was no link between domestic inquiry and the decision to divorce. That's why I can't find it. I think what happened was, I just launched in.
"I'm so tired of this, David."
"Of what?"
"This. Rowing all the time. The silences. The bad atmosphere. All this... poison."
"Oh. That." Delivered as if the venom had somehow dripped into our marriage through a leaking roof, and he'd been meaning to fix it. "Yeah, well. Too late now."
How to be good, Nick Hornby
Saturday, March 03, 2007
Salomé
THE CAPPADOCIAN: In my country there are no gods left. The Romans have driven them out. There are some who say that they have hidden themselves in the mountains, but I do not believe it. Three nights I have been on the mountains seeking them everywhere. I did not find them. And at last I called them by their names, and they did not come. I think they are dead.
Salomé, Oscar Wilde
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