Pages

Friday, April 28, 2006

Sexta de sesta

Deitada na minha cama. De olhos fechados, oiço o som da minha respiração... Bocejo... Espreguiço-me. Viro-me para o outro lado e deixo-me ficar... Dez minutos... Encosto-me à pilha de almofadas, procuro o meu livro às apalpadelas... Lá está ele! Abro os olhos (e o livro) e começo a ler... Uma página, duas, cinco, dez... Bocejo, fecho o livro e volto a dormitar... Suspiro (longo)... Mais uns minutos... Recomeço a minha leitura, desta vez até quase vinte páginas sem interromper!... Espreguiço-me novamente... Vou beber água e acabo por fazer um chá. Está calor, mas o chá é uma bebida calmante, por isso não me incomoda (muito) a bebida quente. Enfim... arrasto-me até ao quarto... Uma brisa passa pelo meu quarto e faz vibrar alguns dos espanta-espíritos. Sorrio.

Esta calma sabe bem...

Thursday, April 27, 2006

Keeping life simple # 1

Lembram-se do livro enorme da Monica? Sim, eu tenho um parecido! O meu pai deu-mo quando eu tinha 12 anos, e desde então anda sempre comigo, cada viagem lá está ele! É a minha bíblia! As páginas estão todas sublinhadas, algumas já se descolaram do livro, de tanto serem folheadas... Sim, eu planeio muito, sonho muito... só sei ser assim!


Se tem dois filhos que partilham um armário, pinte cada metade do varão de cor diferente para evitar brigas.

Saiba qual é o seu tipo de sangue e anote-o na carta de condução. Se alguma vez tiver um acidente de carro e não puder falar, é natural que a polícia no local do acidente veja isso.

Ponha a lista de compras na porta do frigorífico e deixe que todos acrescentem o que falta à medida que vão acabando as provisões. Se faz sempre as compras no mesmo sítio, organize a lista por áreas no supermercado. Leve um membro da família consigo, rasgue a lista pelo meio. Ao respartir o serviço vai poupar imenso tempo.

Pique várias cebolas na picadora e ponha-as num saco de plástico no congelador. Grande parte das refeições começa com um refogado e este tipo de preparação prévia facilita as coisas. Já que está com a mão na massa, poderá fazer o mesmo com alhos, pimentos e outros ingredientes que sejam usados regularmente.

Faça os seus filhos perceberem que um presente não tem necessariamente de ser um objecto. Podem fazer cupões de serviço (que valham massagens, pequenos-almoços na cama, limpezas diversas e todo o tipo de trabalhos rotineiros) que podem ser utilizados por si quando mais lhe aprouver.

Uma semana antes do Natal junte a família toda, com tias, tios, primos e amigos e passe o dia a fazer dúzias de bolinhos. quando tiverem terminado, dividam as variedades e cada um levará para casa uma grande quantidade de bolinhos de Natal.

De vez em quando, esbanje um pouco, só um pouco!, e compre uma lata de chá exótico importado. Pode ser inglês, indiano ou chinês. Vai ver que este prazer lhe vai levantar o moral e tornar especial um dia que de outro modo seria rotineiro. Depois, quando acabar o chá, vai poder utilizar as bonitas latas para guardar qualquer coisa como tachas ou pregos... ou até mesmo os vulgares saquinhos de chá.
[Karen Levine, Keeping life simple]

Wednesday, April 26, 2006

Presenting... Chandler!

Pois é! Isto é bom demais para ser ignorado - o Chandler é o Chandler - único, invulgar, adorável... Ficam aqui algumas das citações de uma das personagens mais especiais dos Friends (mais virão num futuro razoavelmente próximo):


Chandler: All right, kids, I gotta get to work. If I don't input those numbers... it doesn't make much of a difference.





[Joey has packed an emergency kit with food, Mad-Libs and condoms]
Chandler: Condoms?
Joey: We don't know how long we're gonna be stuck here. We might have to repopulate the world.
Chandler: And condoms are the way to do that?



Phoebe: No, huh uh, no way, I'm sorry, not gonna happen.
Chandler: Whoa, whoa, prom night flashback.



Ross: What are you doing tonight?
Chandler: Why, do you have a lecture?
Ross: No.
Chandler: Free as a bird, what's up?



Chandler: Oh, yeah, I'm a gym member. I try to go four times a week, but I've missed the last... twelve hundred times.


Ross: I figured after work, I'd pick up a bottle of wine, go over there, and try to... woo her.

Chandler: Hey, you know what you should do? Take her back to the 1800's when that phrase was last used.


Chandler: I can handle this. "Handle" is my middle name. Actually, "handle" is the middle of my first name.



[Chandler's key broke in Monica's door]
Chandler: I love you.
Monica: I love you too.
Chandler: Are you hugging the door right now?
Monica: Um... no?
Chandler: Uh... yeah, yeah, me neither.

[Rachel complaining about her father]
Rachel: Oh, it was horrible. He called me "young lady".
Chandler: Ugh, I hate when my father calls me that.



Susie: How come all I can think about is putting that ice in my mouth and licking you all over?

Chandler: Because I went to an all-boys high school and God is making up for it.


Chandler: [dancing and singing] She's on the other line, gonna call me back, she's on the other line, gonna call me back.
Monica: Don't you still have to pee?
Chandler: That's why I'm dancing.

[about Ross' new baby]
Rachel: I can't believe one of us has one of these.
Chandler: I know. I still am one of these.


Joey: Ok Ross, you're gettin a divorce... you're angry, you're hurtin... can I tell you what the answer is?... STRIP JOINTS! Come on! You're single! Have some hormones!
Ross: But I don't want to be single... I just want to be married again
[Rachel walks in wearing wedding dress]
Chandler: And I just want a million dollars!

Ross: Oh, really? Well, I guess Monica should know about Atlantic City.
Chandler: Du-ude!
Monica: What happened in Atlantic City?
Ross: Well, Chandler and I are in a bar...
Chandler: Did you not hear me say, "Du-ude"?
Ross: ...and this girl is making eyes at Chandler, okay? So after a while he just goes over to her and, uh, after a minute or two, I see them kissing. Now, I know what you're thinking. Chandler's not the type of guy who just goes to bars and makes out with girls. And you're right. Chandler's not the type of guy just goes to bars and makes out with girls.
Monica: You kissed a guy? Oh my God.
Chandler: In my defense, it was dark and he was a very pretty guy.


Chandler: [to Joey who's removing his tie] Would you put that back on? Monica's gonna be here any minute.
Joey: But it hurts my Joey's Apple.
Chandler: [frustrated] Okay, for the last time. It's not named for each individual man.


[Joey enters wearing an elf costume. Chandler is in agony]
Chandler: Too many jokes. Must mock Joey.

Tuesday, April 25, 2006

Dança...

Dança, ultimamente parece que é tudo sobre dança... É só no que consigo pensar, é só o que quero fazer... pessoas novas, amigos novos, dança, dança, dança! Porque três/quatro vezes por semana parece não ser suficiente, nada parece ser suficiente... É um fogo que não consigo (nem sei se quero) apagar...

Segunda, quinta, sexta, domingo, segunda outra vez...

E lembro-me do congresso... nesses dias acreditei verdadeiramente que poderia sobreviver somente de dança. Por muito cansado que o corpo estivesse... O congresso... quando todos os músculos se queixavam de existir! Bolhas, feridas, nódoas negras... nada parecia suficiente para abrandar o ritmo... Cheia de saudades...

Monday, April 24, 2006

Sister Suffragette

Mrs. Banks:

We're clearly soldiers in petticoats
And dauntless crusaders for woman's votes
Though we adore men individually
We agree that as a group they're rather stupid!

Cast off the shackles of yesterday!
Shoulder to shoulder into the fray!
Our daughters' daughters will adore us
And they'll sign in grateful chorus
"Well done, Sister Suffragette!"

From Kensington to Billingsgate
One hears the restless cries!
From ev'ry corner of the land:
"Womankind, arise!"
Political equality and equal rights with men!
Take heart! For Missus Pankhurst has been clapped in irons again!

No more the meek and mild subservients we!
We're fighting for our rights, militantly!
Never you fear!

So, cast off the shackles of yesterday!
Shoulder to shoulder into the fray!
Our daughters' daughters will adore us
And they'll sign in grateful chorus
"Well done! Well done!
Well done Sister Suffragette!"

Para celebrar o facto de a Inês ter colocado o essay no blog dela!

Saturday, April 22, 2006

Tender trap

Tu és uma pessoa estranha! Não me dizes nada, apenas olhares de reconhecimento, daqueles que dizem "Olá! Estás boa?". O meu nome e mais nada. E não sei até onde posso ir contigo. Porque não te conheço (bem) e tu (pareces) não te deixas descodificar.

Fazes coisas que para ti são apenas brincadeiras, mas para mim têem um significado mais profundo. Será que sabes disso? Não, de certeza que não. Apartir daí tenho que me lembrar desse facto fatídico para não cair (erradamente) na "tender trap"!

Porque não sei quem és. Fazes-te de difícil e obrigas-me a fazer tudo por ti. Sorris. Sorris sempre. Mas não dizes nada. E tantas vezes foste um amor comigo e não sei sequer se foi intencional ou não, se te apercebeste do que (me) estavas a fazer.

Enigma...

Sei que o meu corpo gosta de ti. Não, não dessa maneira! Gosta e apenas isso. Ponto final.

Sei que quando danço contigo nada mais existe. Não, não és fascinante, mas cativas-me. Sabes funcionar comigo, guias-me bem. E sim, é verdade que o teu olhar perturba-me. Mas isso não quer dizer nada!!!! Os olhares perturbam-me, nunca fui uma pessoa muito frontal. Não é defeito (neste caso não é nenhum elogio para ti), é feitio (meu). E confunde-me esse teu sorriso quando dançamos. É sempre o mesmo, aí estampado na tua cara, constante.

Três segundos depois soa o alarme na minha cabeça - TENDER TRAP! TENDER TRAP! - a piscar, vermelho, intermitente e urgente. Porque nada do que acaba de se instalar na minha cabeça é real. Nada. Somos apenas estranhos conhecidos. E não sei o que fazer contigo. Nunca fui boa em relações e falta-me a prática (que tu me exiges) para as começar. Foste claro desde o início: Estou mal-habituado!, não sou eu que te vou buscar, tu é que tens de o fazer!

Raios te partam! Tu e todos os outros que dão apenas um sorriso e nos forçam a fazer o resto por nossa conta. Empatam as vossas peças num tabuleiro de xadrez e eu que avance e faça o jogo sozinha!

Vou-te buscar. Tu, triunfante porque mais uma vez eu fiz tudo sozinha e tu sais vitorioso deste jogo estúpido. Ou será que não? Como já disse, não te consigo ler. Não sei como funcionas...

Quero lá saber! Nesta noite de saltos altos custa-me a admitir que és o único capaz de me conduzir pela pista de dança como se estivesse descalça. Mas aceito o desafio... Hei-de conquistar as tuas (vossas) palavras! Sorrio-te em resposta, deixo-te conduzir-me e deixo o meu corpo ganhar expressão.

E a camisa preta que não sabia que (também) tinhas...

Descodificar... como?

As relações são coisas (demasiado) complicadas. Demasiados jogos, meias palavras e entrelinhas. Suposições, toques e tiques. Sem livros de instruções nem arnês que nos ampare quando a corda é bamba demais.

Eu quero o livro de reclamações!

Thursday, April 20, 2006

Matrioshkas de nós

A identidade é uma coisa estranha. Porque não há um eu verdadeiro e definitivo. Não posso dizer "Olá! Estou aqui!" (sim, o Nuno Markl diz o mesmo!) e enviar a versão standart para toda a gente.

Sim, é bom ser/ter várias personalidades em nós - poder ser aplicada (um dia destes...any minute now...) e uma doidivanas ao mesmo tempo. Isto porque nada se anula, tudo se complementa. Reinventarmo-nos em cada ambiente novo... Mas toda esta complexidade inacta também dá trabalho! - Lembrarmo-nos com quem vestir que personalidade e fazê-lo com rapidez e flexibilidade... ter cuidado para que as personalidades reprimidas em tal momento não fiquem como "gato escondido com o rabo de fora"...

E quando as pessoas pensam "Conheço-te bem."... Sabem lá elas!

Isto é tudo muito giro - movermo-nos como peixes em diferentes aquários, mas o problema é encontrar uma nave mãe para onde regressar. O que fazer quando as coisas que digo (exactamente as mesmas coisas) são verdade com indivíduo X e calúnia, ou mesmo mentira, com o indivíduo Y? Porque são coisas que não conseguimos (consigo) evitar. E olho para mim e é tudo falso. Mau, cínico... Mas porquê? Sentir que é verdade, senti-la como vir à tona depois de um mergulho, e momentos depois querer rasgar a boca da cara, desejar tão ardentemente evitar que coisas tão medonhas e... naturais adquiram forma física ou verbal...

"Somos caixinhas-surpresa"... Pois sim!

Bonecas russas (já nem me lembrava delas!), que quando pensamos ter chegado ao fim, ser apenas aquilo que existe, descobre-se mais uma boneca no interior dessa, e da outra, e da outra... Procuramos a nossa verdadeira natureza, capas e máscaras àparte, mas tudo o que encontramos é sempre outra boneca oca com algo mais para descobrir... leva-me a pensar que a natureza humana é infindável, sem fundo e tudo o que podemos almejar é um equilíbrio na corda bamba na nossa própria multiplicidade...

Tudo um conjunto de lições que nunca chegamos a dominar por completo... dizem os demais...

E assim não sei onde estou - pessimismo... optimismo....???? Não faço ideia! Sou apenas uma matrioshka!

Children's letters to God # 3

Já que estão a ter tanto sucesso, cá vão mais algumas cartas (com os erros de criança todos, sim porque não sou eu!) :


Dear God,

Count me in

Your friend,
Herbie


Dear God,

Are you real? Some people don't not believe it. If you are you better do something quick.

Harriet Ann


Dear God,

When you wrote the bible you made up all the words and spelled them the way you like That is great. Most of the time I do it like that, but I am not doing so good.

Ron


Dear mr. God,

How do you feel about people who don't believe in you? Somebody else wants to know.

a friend,
Neil

Tuesday, April 18, 2006

Se o mundo fosse vegetal seria uma melância!

Parece que anda na berra ser legume. Batatas, couves, pimentos... vá-se lá entender esta juventude! Pois bem, neste caso eu prefiro ser algo mais exótico... Ponho-me em posição eloquente, tipo D. Pedro II nas margens do Ipiranga e afirmo:

- Eu sou um rebento de soja! (Revolução ou morte!, picada ou cozida, sou um rebento de soja!)

Alguém se lembra daqueles livros da Rua Sésamo? Oh... eram tão giros... havia um chamado "A sopa do Gualter", ou qualquer coisa assim... agora com isto tudo lembrei-me.

E viva o revivalismo! (já que estamos nisto, então e daquela expressão dos alentejanos dos malucos do riso - "Isto é que vai aqui uma açorda!")

Bem, antes do post "azedar" (mais) vou-me embora, calada e sem piada... como aqueles comediantes da treta que levam com os tomates na tromba!...

(Não digo mais nada, vocês que descubram sozinhos porque é que o mundo seria uma melância!)

Sunday, April 16, 2006

Construções na areia

Fiz um castelo na areia. Veio a maré e o castelo foi à vida! Paciência, ainda um pouco contra-feita começo a construir um novo. Um melhor, maior, com portas e janelas, e conchas a decorar nos muros, talvez até um fosso com crocodilos! A maré voltou, e antes de ter tempo para me posicionar de forma a proteger o castelo, pimba! O meu esforço, empenho e trabalho sob o sol quente foram com as ondas... Afasto-me das ondas, vou construir lá mais para cima.

Começo a fazer um túnel, até onde o meu braço conseguir escavar. Escavo até encontrar água. Depois, recomeço outro buraco até chegar ao primeiro, e assim por diante, criando uma rede subterrânea. Uma criança vem a correr... Pé na poça, ou melhor, nos túneis! Que sina! Bolas!, é preciso ter azar... Bom, por via das dúvidas é melhor fazer algo mais simples, que não dê tanto desgosto de perder.

Pego numa dessas penas de gaivotas caidas na areia, lavo-a com água do mar e começo a escrever na areia. Primeiro o meu nome... Que cliché, é melhor escrever outra coisa! Uma citação! isso mesmo! escrevinho qualquer coisa. Sim, fecho aspas e está acabado. Olho para onde comecei, e já pés e patas apagaram o princípio... Fogo! Que nervos! Lanço a pena para bem longe e deixo-me cair na areia... Sentada, olho para as ondas... Respiro fundo, deito-me de lado e fecho os olhos...

Não sei se quero começar outro projecto. Cai tudo por terra, e estou farta de desgostos. Deixo-me ficar neste impasse, sabendo que mais cedo ou mais tarde vou ter que recomeçar a construir castelos na areia, na esperança que desta vez a maré não me consiga alcançar...

Almoço de Páscoa

13:04 - nada... vazio... - Não há almoço familiar este ano e não sei que faça...

Almoço de Páscoa = restos de bacalhau com natas (feito na quinta-feira), e croquetes frios...

O tempo lá fora está uma porcaria. Ainda estou de camisa de noite. Não tenho paciência para me ir vestir, então deixo-me andar assim. Sinto-me sozinha. Dava jeito ter alguém para conversar, para me impedir de cair nesta depressão... Mas não há ninguém... Os amigos estão todos nos tradicionais "almoços de páscoa/ reunião familiar"...

O chato do almoço de Páscoa... Há alguns anos atrás, durante os almoços de família, lembro-me de pensar: Caramba! Que conversa mais chata! e olhava para eles... e dizia para mim mesma: Qualquer dia ainda vou ser capaz de ter as "conversas chatas" com(o) eles e isto deixará de ser um tédio tão grande. E cresci. Agora também consigo ter "conversas chatas". Ou pelo menos deslizar com suavidade nas "conversas chatas" dos outros e, quem sabe, talvez (às vezes) levá-las por uns minutos a um porto familiar, onde eu possa desbobinar opiniões e argumentos à vontade!

Mas hoje não há almoço. Nem companhia. Porque a Páscoa é família, e a minha anda espalhada por aí, minding their own business... E eu... eu fico aqui, a escrever... como aquelas velhotas que falam com as personagens da televisão, eu vou escrevendo...escrevendo, escrevendo, escrevendo...

Saturday, April 15, 2006

Tears and punches

Sick, sick, sick...

Don't seem to care, don't seem to pay any attention.

Sick of stopping my anger and frustration whenever someone approaches with an excuse. Because they're sick, in pain, happy, euphoric, sad, tired or "in the mood"... Who cares, anyway?

(Sigh)

Then duties, duties, duties... Who the hell put me in charge? Why am I supposed to be stronger? (or at least strong enough... why?)

That damn song is right, but come on... lets be reasonable! "I'll be there for youuuu", yes, but just calm down a little! We're like performing dolphins - we'll do our tricks (all magic included), but at some point you'll have to give us the fish. You self-absorbed creatures!!!

(Breathe in, breathe out)

- I want the truth.
- You can't handle the truth! (A few good men)

Relationships can't handle truth and honesty at all times... they just can't...

Secret tears and secret punches...

Friday, April 14, 2006

Uma banalidade qualquer, como o meu nome

Joana...

Joana, joana, joana, joana, joana, joana, joana.....

Parece insignificante de tão banal que é de ouvir... o nosso nome...

Joana, sempre joana. E quando não era joana, era manata, e quando não era manata era... coisas piores... (tempos passados, felizmente)...

Mas hoje foi diferente, especial. Numa turba gigante de gente, rostos por todos os lados, pessoas que se conhecem há tanto tempo. Ouvir o meu nome... Mais do que a expressão de reconhecimento facial, o MEU nome...

Houve uma noite em que chorei. Muito mesmo. Meia caixa de lenços (daqueles grandes que se vê nos filmes - promenor insignificante!). Havia muita gente. Alguns conhecidos. E durante tantas horas nenhum se aproximou de mim. Nenhum me chamou para dançar. E depois apercebi-me que nunca nenhum deles dissera o meu nome. Aliás, estava certa que a maioria nem sequer sabia. Até hoje.

E não precisei de fazer nada! Surpreendeu-me. Muito. E fiquei feliz, mesmo. Por uma banalidade. Joana! E saiu como se de nada se tratasse, como quem diz "bolacha", "garfo" ou "televisão", veio assim - ...joana... Como se tivesse sido sempre assim. Como se eu tivesse estado sempre lá. Olhei para eles (sim, porque foi uma acção em simultâneo, como aquela "coisa" em escadinha dos dominós!) e sorriam e continuavam, como se não tivessem dito nada de mais!

E eu sorri. Porque hoje o meu nome foi como chocolate quente numa noite de Inverno, como uma lágrima (só uma!) depois de um suspiro.

Down came the rain, but even when down came the rain, out came the sun!

Children's letters to God # 2

Dear God,

If you do all these things you are pretty busy. Now here's my question. When is the best time I can talk to you. I know you are always listening but when will you be listening hard in Troy, New York.

Sincerly yours
Allen


Dear God,

Are boys better than girls. I know you are one but try to be fair.

Sylvia


Dear God,

What is it like when you die. Nobody will tell me. I just want to know, I don't want to do it.

Your friend
Mike

Eh pah, o livro é mesmo fofo! Deviam ver, em papel ainda parece mais... adorável - com a letra toda torta e as linhas mal-feitas... É daquelas coisas que não se devem deitar fora, pois embora não sejam nada de especial, rasgam-me sempre um sorriso mesmo em dias mais cinzentos...

What do you think of me?




Your Five Factor Personality Profile



Extroversion:



You have low extroversion.

You are quiet and reserved in most social situations.

A low key, laid back lifestyle is important to you.

You tend to bond slowly, over time, with one or two people.



Conscientiousness:



You have high conscientiousness.

Intelligent and reliable, you tend to succeed in life.

Most things in your life are organized and planned well.

But you borderline on being a total perfectionist.



Agreeableness:



You have medium agreeableness.

You're generally a friendly and trusting person.

But you also have a healthy dose of cynicism.

You get along well with others, as long as they play fair.



Neuroticism:



You have medium neuroticism.

You're generally cool and collected, but sometimes you do panic.

Little worries or problems can consume you, draining your energy.

Your life is pretty smooth, but there's a few emotional bumps you'd like to get rid of.



Openness to experience:



Your openness to new experiences is medium.

You are generally broad minded when it come to new things.

But if something crosses a moral line, there's no way you'll approve of it.

You are suspicious of anything too wacky, though you do still consider creativity a virtue.



Bem, se eu vou ao blog dos outros, se faço os testes, porque não hei-de publicar os resultados? E não, não estou a ser "copiona"!... (E não me acho cínica, de resto, tudo bem - what do you think of me?)

Thursday, April 13, 2006

Like a frog jumping from a waterlily to another

Sossego. Silêncio. Lá fora o sol brilha e a promessa de Verão aproxima-se cada vez mais.

Resolvi voltar às linhas e às agulhas. Apeteceu-me. Embora a paciência não seja muita, sabe bem sentir o fio a correr por entre os dedos.

[Banda sonora do Peter Pan (2003)]

- Sempre me achei um pouco Wendy (neste momento lembro-me do capítulo em que cose as meias dos Meninos Perdidos). Já cheguei a ter o meu próprio Peter Pan. Mas como todos os Peter Pans, também este não queria crescer, então mandei-o dar uma volta! Cordialmente e com jeitinho. Seremos sempre amigos, porque um Peter Pan não serve para a vida amorosa de ninguém senão num sonho...

No meio de tudo isto surge-me a voz do Colin Firth:
- Good, obliging girl! (Love actually)

Embora no contexto original seja amoroso, aqui soa a tudo menos a um elogio.

Subitamente cai-me em cima todo o essay da Agnes (porque ainda não esqueci, nem penso que vou esquecer tão cedo), pesado e triunfante, como a 5º sinfonia de Beethoven.

"No more pots and pans (...) no more white horses"...

(Agnes is always right!)

............

Ainda vou voltar para os dedais e as linhas, porque gosto, e porque me sabe bem, mas pelo menos I have confidence (Julie Andrews, The sound of music) que não cairei na esparrela da "dutiful wife". Pelo menos não tão facilmente. O essay é a minha voz mediadora, a minha bóia de segurança, que não me deixa ser arrastada pela corrente... Como diz a Marina:
- Ah! ganda Agnes!!!


PS: This is all a big mess, but that's just how my brain works... Like a frog jumping from one waterlily to another...

Remembering Edith Bunker

Archie: Well, will you look at that, Edith. Do you have a poem for that as well?
Edith: Yeaaah!:

There are silver ships
There are golden ships
But there's no ship
Like friendship!

What color should your blog be?




Your Blog Should Be Purple



You're an expressive, offbeat blogger who tends to write about anything and everything.

You tend to set blogging trends, and you're the most likely to write your own meme or survey.

You are a bit distant though. Your blog is all about you - not what anyone else has to say.



Testes para tudo... para quem não tem mais nada que fazer.... Viva as férias!!!

Caminhos cruzados

O meu pai está no quarto a curar a dor de dentes. Passa o tempo a ver filmes. Entrei no quarto para lhe levar mais gelo. Estava a ver o You've got mail. Pergunta-me o que é. Eu respondo. É um filme que fui ver ao cinema quando fiz 12 anos (já passou tanto tempo, e parece que foi apenas no mês passado).

Punchline do Tom Hanks. O meu pai ri-se. Parece que é desta que vai ver uma comédia romântica até ao fim. Saio do quarto. Sorrisinho parvo nos lábios. Saudade do filme, projecções para o futuro...

Deito-me na minha cama. Fecho os olhos e tento apreciar uns minutos de sesta. Desta vez é melhor não pensar mais no assunto. Mais tarde ou mais cedo voltarei a cruzar-me com o filme. Porque é sempre assim. Como um conhecido com quem esbarramos no supermercado, dizemos olá e seguimos em frente com... algo mais...

PS: Daisies... Don't you think daisies are the friendliest flowers?

Wednesday, April 12, 2006

As boas velhas séries - All in the family

Lembram-se desta? Mais outra pérola do mundo das séries cómicas! O rabugento e ignorante Archie Bunker, a desafinada da mulher, Edith "Dingbat" Bunker, a filha estridente e loira Gloria Stivic, o comilão genro com bigode farfalhudo, Michael "Meathead" Stivic, os vizinhos negros, os Jeffersons, o casal vizinho em que ele cozinhava e ela arranjava os electrodomésticos, os Lorenzo... enfim - Those were the days...

Boy, the way Glen Miller played.
Songs that made the hit parade.
Guys like us, we had it made.
Those were the days.

Didn't need no welfare state.
Everybody pulled his weight.
Gee, our old LaSalle ran great.
Those were the days.

And you know who you were then,
girls were girls and men were men.
Mister, we could use a man like Herbert Hoover again.
People seemed to be content.
Fifty dollars paid the rent.
Freaks were in a circus tent.
Those were the days.

Take a little Sunday spin,
go to watch the Dodgers win.
Have yourself a dandy day that cost you under a fin.
Hair was short and skirts were long.
Kate Smith really sold a song.
I don't know just what went wrong.
Those Were The Days.

Children's letters to God # 1

Andei a remexer nos livros velhos e encontrei um livro chamado Children's letters to God. Não sei de quem era, apenas que foi comprado em 1969. Enfim, achei o livro a coisa mais fofa... Fica aqui duas das cartas (erros de gramática, ortografia e pontuação incluídos):

Dear God,

Last week it rained three days. We thought it would be like Noah's Ark. but it wasn't. I'm glad because you could only take two things, remember, and we have three cats.

Goodbye now,
Donna


Dear God,

Church is alright but you could sure use better music I hope this does not hurt your feeling. Can you write some new songs

Your friend,
Barry

Tuesday, April 11, 2006

As boas velhas séries - Alf

Quem não se lembra dele? O famoso, o aclamado, o imortal... (som de tambores)... Alf!

Sim senhor, o extraterrestre da nossa infância e dos nossos corações (o E.T. que vá dar uma volta!... e leve a bicicleta!)... Alf, sempre a chatear, sempre a estragar, sempre a inventar, sempre a comer, sempre a perseguir o gato (Lucky)... Suspiro (Those were the days...)

Aqui ficam alguns dos momentos:

(Lucky has died and the Tanners are having a funeral for him.)
ALF : I'm reminded of a prayer he used to recite every night before going to bed : "And if I die before I wake, chicken-fry me like a steak."
(...)
ALF : Where I'm from, this is ludicrous! It's like having a funeral for a hamburger!

ALF : If you love something, let it go. If it comes back to you, it's yours. If it's run over by a car, you don't want it.

Brian : Do you get Sesame Street where you live?
ALF : No and I don't get it here either.

(Neal picks up a tape recorder from ALF´s bed.)
Neal : Hey I could really use this.
ALF (from the tape) : Like a virgin, touched from the verry first tiiiiimeee, like a viiirrgiin ...
Willie : Speed it all up, you don't want that.


Dorothy : You don't have to make rude noises!
ALF : That's okay, I don´t mind.

ALF : Justice will not rest!
Kate : What if I gave justice a cookie?
ALF : Justice will think about it.

ALF: Grease fire! Grease fire! Never mind the curtains! Put me out!

ALF: Turquoise alert! Turquoise alert!

Brian: It's raining cats and dogs!
ALF: Raining cats?! You open the skylight and I'll get the relish!

World Wide Wabbit

Mr. Herriman:

Hippity, hippity, hoppity, hoppity
My tail is quite fluffy, my ears are quite floppity
I sing and I dance and you can't make me stoppity!
Said funny-bunny to sweet little giiiirl!

Hoppity, hoppity, hippity, hippity
I'm cute and I'm cuddilly and smart as a whippitty
Watch and adore as I play and I skippity
Said funny bunny to sweet little girrrl!

Sprungidly, spingidly, bouncilly, trouncilly
Allow me to declare, present and announcilly
That I am the head of the Fun Bunny Councilly
Said funny bunny to sweet little giiirrl!

Bouncilly, trouncilly, sprungidly, springidly
There's no end to the fun I will bringilly
The razzmatazz and the ring-a-ding dingily
Said funny bunny to sweet little girrrrl!

Hippitty hippity, hoppity hoppity
So shall I tell you right now, my sweet little poppity
That all of my friends I never, ever would droppity
On the list, my dear lass, you are at the toppity...
Said funny bunny, to sweet little girl.

Skippity scampity, jumpity, bumpity
Now, please to be cheery and not as all crumpitty
All under the weather and down in the dumpitty
Said funny bunny to sweet little girrrl!

(Foster home for imaginary friends)


Quem ainda não viu estes desenhos animados tem de ver! É a coisa mais adorável que há... Os que ainda não viram (shame on you all!) isto deve parecer uma chachada, enfim, que mais dizer? - comecem a ver! Os que já viram (well done, you!) percebem perfeitamente what's this all about!... E para todos uma Boa Páscoa!

Saturday, April 08, 2006

Alone in the candlelight

[the way you look tonight - rod stewart]

Foi assim que começou... Mais um episódio de Friends.

[everytime we say goodbye - rod stewart]

Sexta-feira à noite. Sozinha em casa... Férias...

[the nearness of you - norah jones]

O meu pai foi para um jantar romântico com a namorada... Eu sozinha em casa... Oh hell! Why not? - liguei a aparelhagem, acendi velas, corri cortinas...

[I've got you under my skin - frank sinatra]

...comecei a dançar sozinha, descalça, nas pontas nos pés...

[for once in my life - michael bublé]

um, dois, três, quatro... um, dois, três, quatro... swing (um, dois e três)...

[that's all - michael bublé]

...respiro fundo... abro os olhos... Inspiro, expiro... That's enough for tonight!

[fever - michael bublé]

Sozinha em casa - nada de público - desperta os movimentos. Desperta o corpo. Seduzo-me na música... Fever é assim para mim... Devagar, aproveita cada compasso... movimentos fluidos, naturais... Não sou eu que guio, é a música, a voz, a batida... Fever...

Apago as velas. Desligo a aparelhagem. Sento-me no sofá, como se tudo não tivesse passado de um intervalo do eu. Se o pai chegar, nada se passou... Aninhada no sofá, como uma criança pequena...

Much ado about nothing - Benedick's soliloquy

Benedick: I do much wonder that one man, seeing how much another man is a fool when he dedicates his behaviours to love, will, after he hath laughed at such shallow follies in others, become the argument of his own scorn by falling in love: and such a man in Claudio. I have known when there was no music with him but the drum and the fife, and now had he rather hear the tabor and the pipe. I have known when he would have walked ten mile afoot to see a good armour, and now will he lie ten nights away carving the fashion of a new doublet. He was wont to speak plain and to the purpose, like an honest man and a soldier, and now is he turned to orthography - his words are a very fantastical banquet, just so many strange dishes. May I be so converted and see with these eyes? I cannot tell; I think not. I will not be sworn but love may transform me to an oyster, but I'll take my oath on it, till he have made an oyster of me, he shall never make me such a fool. One woman is fair, yet I am well; another is wise, yet I am well; another virtuous, yet I am well; but till all graces be in one woman, one woman shall not come in my grace. Rich she shall be, that's certain; wise, or I'll none; virtuous, or I'll never cheapen her; fair, or I'll never look on her; mild, or come not near me; noble, or not I for an angel; of good discourse, an excellent musician, and her hair shall be... of what colour it please God!

Thursday, April 06, 2006

Breakfast on Pluto - The song

Patrick Kitten Braden: Dear Sir Unseen, I know my music and I am willing to bet you ten times whatever pathetic price you paid to get in this place that the dog's tail is 'waggely.' Now I want to hear you bark.

Breakfast on Pluto - The robins

Robin 1: She doesn't look anything like Mitzi Gaynor!
Robin 2: What do you know about Mitzi Gaynor?
Robin 1: Nothing. But as Oscar Wilde said, "I love to talk about nothing. It's the only thing I know anything about."

The windmills of your mind

Round
Like a circle in a spiral
Like a wheel within a wheel
Never ending or beginning
On an ever-spinning reel
Like a snowball down a mountain
Or a carnival balloon
Like a carousel that’s turning
Running rings around the moon
Like a clock whose hands are sweeping
Past the minutes of it’s face
And the world is like an apple
Whirling silently in space
Like the circles that you find
In the windmills of your mind

Like a tunnel that you follow
To a tunnel of it’s own
Down a hollow to a cavern
Where the sun has never shone
Like a door that keeps revolving
In a half-forgotten dream
Or the ripples from a pebble
Someone tosses in a stream
Like a clock whose hands are sweeping
Past the minutes of it’s face
And the world is like an apple
Whirling silently in space
Like the circles that you find
In the windmills of your mind

Keys that jingle in your pocket
Words that jangle in your head
Why did summer go so quickly?
Was it something that you said?
Lovers walk along a shore
And leave their footprints in the sand
Is the sound of distant drumming
Just the fingers of your hand?
Pictures hanging in a hallway
And the fragment of a song
Half-remembered names and faces
But to whom do they belong?
When you knew that it was over
You were suddenly aware
That the autumn leaves were turning
To the colour of her hair

Like a circle in a spiral
Like a wheel within a wheel
Never ending or beginning
On an ever-spinning reel
As the images unwind
Like the circles that you find
In the windmills of your mind

(Breakfast on pluto)

People, people, people - go watch the movie! It's absolutely brilliant! Totally funny and touching... God only knows why it wasn't an Oscar nominee... Cillian Murphy is amazing! Absolutely fenomenal! (And also there's Liam Neeson, who's someone always worth seeing)

Wednesday, April 05, 2006

Tigger's song

The wonderful thing about Tiggers
Is Tiggers are wonderful things
Their tops are made out of rubber
Their bottoms are made out of springs
They're bouncy, trouncy, flouncy, pouncy
Fun, fun, fun, fun, FUN!
But the most wonderful thing about Tiggers
Is I'm the only one

The wonderful thing about Tiggers
Is Tiggers are wonderful chaps
They're loaded with vim and with vigor
They love to leap in your laps
They're bouncy, trouncy, flouncy pouncy
Fun, fun, fun, fun, FUN
But the most wonderful thing about Tiggers
Is I'm the only one.

Tiggers are wonderful fellahs.
Tiggers are awfully sweet.
Everyone elses is jealous,
And thats why I repeat...

The wonderful thing about Tiggers
Are Tiggers are wonderful things
Their tops are made out of rubber
Their bottoms are made out of springs
They're bouncy, trouncy, flouncy, pouncy
Fun, fun, fun, fun, FUN!
But the most wonderful thing about Tiggers
Is I'm the only one.
Yes, I'm the only one(
GRRrrrrrr...) ooOOoooOOooooOOOO!!!

Oh pah! Agora como post da marina lembrei-me... também já há muito tempo que não colocava uma música infantil... E o Tigger é fofo... (não percebo as pessoas que não gostavam de Winnie the Pooh)

Monday, April 03, 2006

Broken vow

[nova panca do momento]

Tell me her name
I want to know
The way she looks
And where you go
I need to see her face
I need to understand
Why you and I came to an end
Tell me again
I want to hear
Who broke my faith in all these years
Who lays with you at night
When I'm here all alone
Remembering when I was your own
I'll let you go
I'll let you fly
Why do I keep asking why
I'll let you go
Now that I found
A way to keep somehow
More than a broken vow
Tell me the words I never said
Show me the tears you never shed
Give me the touch
That one you promised to be mine
Or has it vanished for all time
I'll let you go
I'll let you fly
Why do I keep asking why
I'll let you go
Now that I found
A way to keep somehow
More than a broken vow
I close my eyes
And dream of you and I
And then I realize
There's more to life than only bitterness and lies
I close my eyes
I'd give away my soul
To hold you once again
And never let this promise end
I'll let you go
I'll let you fly
Why do I keep asking why
I'll let you go
Now that I found
A way to keep somehow
More than a broken vow

Lara Fabian

A letra assim é uma lamechice! mas com a música funciona mesmo bem... Esta foi uma das músicas utilizadas no espectáculo musical Estravaganza, da companhia de dança EspassoLatino (agora chamada EDSAE). A coreografia foi depois novamente reproduzida na sexta-feira passada, no Congresso Mundial de Salsa... eu cheguei mesmo a chorar! e eu nunca chorei num espectáculo musical antes (já nos filmes...) É fantástico! Ver a Andreia (minha professora), uma das melhores (para mim A melhor) bailarinas da EDSAE, e o Angel (também meu professor), a dançar assim daquela forma.. eh pah, não vale a pena, eu não consigo mesmo explicar... Quem puder que faça download da música para perceber melhor...

Iogurte

Lanche - iogurte de aloé vera (Danone) como aqueles que eu bebi à borla no congresso. Aliás, ainda é o mesmo, porque apanhei o vício de no final de cada workshop ir buscar um! No próximos dias vai ser assim... Sem chá, mas com iogurte, tentando manter viva alguma coisa do congresso...

PS: Os iogurtes Corpos Danone sabem bem de agarrar! Parece um óscar ou assim... É um formato deveras simpático...

Regresso a casa

[domingo]

Chegou ao fim... Depois de um fim-de-semana alucinante o "The End" surgiu (muito) bruscamente. Num segundo a dançar há horas, no noutro nada... vazio, inactividade, inércia, absurdo...

O congresso mundial de salsa... quantas saudades já! (e ainda nem passou uma hora). O processo de saudosismo (inevitável) desencadeia-se assim que insiro a chave na porta (não, talvez tivesse sido quando dissemos adeus, mas a chave na porta ainda doeu mais, ou melhor, doeu em cima da ferida que já estava a existir). O espaço é o mesmo, mas a minha realidade é outra.

Pelo (longo) caminho até casa (desde a Cidade Universitária até ao Saldanha, a pé) venho a fazer partes de coreografias, abano os ombros e as ancas, faço lançamento de braços, quedas simuladas, etc... São oito da noite. As velhinhas que encontro na rua (provavelmente vindas da missa) olham para mim com espanto, ou mesmo choque, com aquele ar que diz "Esta juventude está perdida!". Os homens dos carros que passam assobiam e gritam coisas que não consigo perceber. Nem sequer estou a ouvir. Estou noutro mundo e a estrada é a minha pista.

Chego a casa (não "por fim"). Subitamente vejo tudo com repulsa e torno-me agressiva. Como um animal fora do seu habitat natural. Pouso a mala no chão. Não a consigo desfazer. Vou tomar banho. Visto-me com roupas "estranhas". Vou à cozinha. No meu cérebro algo dispára como um alarme. "Não toques na sopa, nem nas colheres, nem nos tachos, nem nos pacotes de leite, nem em coisa nenhuma!" Tocar significa voltar ao normal, abraçar de novo a minha realidade de todos os dias. (Como se tudo estivesse à espera de acordar com o meu toque, milhões de objectos "belas-adormecidas").

Suspiro... As memórias começam a afastar-se. Não. Não quero. Agarro (o quê?!) com força, como uma criança a um peluche. Não há nada que possa fazer. Então faço nada! Fico quieta (não sei quanto tempo) no meio do meu quarto. Assim, de pé. Peso do corpo nas pontas dos dedos, como se tivesse sido sempre assim.

Estou triste. E zangada comigo por estar triste. Tudo tem o seu fim e depois de tanta alegria seria estúpido pensar em tudo o que aconteceu com tristeza só porque acabou.

(agora) Surge no horizonte, certa e nefasta, a existência de dois testes daqui a três dias. Devia pensar nisso, mas não consigo. Só quero dançar. Só quero pensar em dançar. Sinto-me culpada por não ser mais responsável (e ter a mesma reacção que tinha quando era pequena e as minhas festas de aniversário acabavam), mas "it's beyond my control".

É estranho... não só a realidade presente, mas o que aconteceu. Tanto tempo dentro daquele auditório (e espaço circundante), com as mesmas pessoas que quase me sentia num daqueles reality shows em que as pessoas ficam isoladas no resto do mundo. Hoje de manhã já saudava as pessoas com um "Bom dia!" tão natural que parecia que sempre as conheci e que as vejo todos os dias.

E a loucura... Aqueles momentos tipicamente Fame ou Hair em que o recinto estava tão cheio que as pessoas iam dançar para a plataforma nas escadas, e momentos em que até a própria plataforma estava cheia e as escadas cheias de pessoas a filmar ou simplemente a ver. Centenas de pessoas sincronizadas a dançar, guiadas pelos melhores do mundo... Suspiro...

Parece que não passou de um sonho. Olho para o pulso. A pulseirinha azul de livre trânsito ainda cá está (e estará até se rasgar sozinha). Rio-me. Para quê olhar para o pulso quando as bolhas dos pés (que vejo e sinto) me dizem exactamente o mesmo?!...Suspiro outra vez...

Dançar das 12:30 até às 19:45 (dois dias seguidos) e mais festas até às 5:00 (três noites seguidas). Tanta dança que o corpo já obedece ao impensável (como tocar pela primeira vez com a ponta dos dedos no chão), que os músculos já nem se sentem, e que dançar é o único objectivo. Três dias alimentada apenas pela dança (e iogurtes grátis!)...

Neste momento são 21:40. Engulo as lagrimas que se avizinhavam e vou tratar de me arranjar. Vou sair, ainda tenho a noite de hoje. É domingo - so what?! Até às 3:00 ainda há congresso. A despedida. E que despedida! - Johnny Vasquez versus Angel Rojas! (Não vos diz nada. O principe da salsa e o (meu) professor de EDSAE são apenas nomes, mas para mim é o acontecimento do mês)... Arrasta-te corpo cansado. Quando recomeçares a dançar logo reencontras a vida. Só mais uma noite...

O congresso mundial de salsa...

PS: Olá! Se conseguiu ler tudo então queira ter a amabilidade de ir ao site http://www.edsae.com/PaginaCongresso/main1024.htm para perceber um pouco mais a loucura do evento (os horários, os artistas convidados...). A gerência agradece.