Um dia acordei, saí do meu cantinho e descobri que o mundo tinha crescido e que o meu manual de instruções se tinha extraviado no correio. Quando a situação aperta penso em como daria (mesmo muito) jeito saber como me comportar.
Sunday, June 29, 2008
On the wishlist
Quando crescer quero ter uma casa a modos que igualzinha à da Kathleen Kelly no You've got mail. Será que pode ser?
Feeling alive
Depois de um ensaio de cinco horas (em saltos altos) orgulho-me de dizer que, feitas as contas, aprendemos um total de 17 oitos! São estas coisas (não a velocidade de aprendizagem, mas sim) o espírito de grupo e a nossa garra que me fazem tão feliz por pertencer aos KEPs.
Friday, June 27, 2008
Meninas, uma nova utopia
No outro dia li a seguinte frase:
«Quero um homem que me faça ao coração o que o chocolate me faz à alma»
Revertigo*
Há aquela teoria de que quando reencontramos alguém do nosso passado comportamo-nos automaticamente como a pessoa que é éramos nessa altura. Mesmo quando já tanta coisa se passou em tantos entretantos e (quase) nada em nós é como dantes. Mesmo (e sobretudo) quando queremos e necessitamos de mostrar que somos a fantástica fotografia com a legenda do depois. É algo de inexplicável e irresistível. Simplesmente acontece. E é por isto que coloco todas as minhas fichas neste sarau. É a cartada para a qual ainda não tinha conseguido reunir forças.
*How I met your mother, Season 3
Wednesday, June 25, 2008
Sunday, June 22, 2008
Lembrete kizombeiro
Meninos, por favor passem todos os vossos pertences (carteira, telemóvel, chaves, dinheiro, o que fôr) para o bolso esquerdo. Nada no direito, sim?
Deutschen sind auch nur Menschen
Honestamente, lá porque perdemos o Euro contra a Alemanha, será que é mesmo necessário passar agora a chamar os alemães de "nazis" ou "hitlerzinhos"?? Tenham lá paciência! O fim do Terceiro Reich foi há mais de sessenta anos atrás, as gerações mais novas (nomeadamente toda a população alemã actual) não teem nada que levar com insultos desmerecidos. A isso chama-se dor de cotovelo mal encarada e muito mau perder. Eu também penso que o golo do Ballack deveria ter sido anulado, mas não é preciso andar por aí a perpetuar uma imagem que em nada corresponde à Alemanha de hoje. Além disso o papel do povo alemão no regime hitleriano tem muito mais que se lhe diga e os portugueses tinham mais era que se abster de comentários idiotas.
Thursday, June 19, 2008
Wednesday, June 18, 2008
How do we begin?
Depois daquele impacto inicial de me saber de férias (embora com alguns apontamentos de estudo mais lá para a frente) e da merecida noite de descanço, fico com um piqueno vazio. São tantos os planos feitos para quando este dia chegasse que mal sei por onde começar. Livros e dvds populam as estantes, uma lista (bem extensa) de projectos a realizar pisca-me o olho sorrateiramente do placard. Oh bem, que todos os problemas fossem sempre assim.
Kizombulismo
Não se riam, existe mesmo! E mais: acorda-se cá com uma dor nas costas! Sim que isto de andar a dançar kizomba na horizontal no meio do sono não é para qualquer um! É o que eu digo, isto são danças reprimidas. Auto-prescrevo-me uma sexta de barrio latino e um sábado kep!
Tuesday, June 17, 2008
Hey nonny nonny*
Respirar de alívio. Doce liberdade! Embora ainda haja muito para fazer o pior já passou. Por agora é hora de descançar.
*Much ado about nothing
Monday, June 16, 2008
A girl can only hold out for so long*
Já lá vão quase dois meses desde o casamento. Desde a última vez que dancei salsa e kizomba (e convenhamos que não foi uma noite muito abundante em nenhum dos ritmos). Nunca tive um periodo de abstinência tão grande; estou quase a dar em doida. Mal posso esperar por sexta-feira. Rapazes preparem-se...
*Grey's anatomy, Season 3
Sunday, June 15, 2008
And why do I have to play Wendy?
Bonito! Um Peter Pan em casa (dois!). Enquanto não te decidires a aprender vais continuar a repetir a mesma história. A lição é simples; está mesmo em frente do teu nariz. Mas, vá-se lá saber porquê, tu preferes andar a bater com a cabeça nas paredes. O tempo vai passando. Qualquer dia vais querer sair da Terra do Nunca e vai ser tarde demais.
Saturday, June 14, 2008
Picky and bitchy prima donna
Estudar HLI em casa - demasiado barulho.
Na biblioteca - demasiado silêncio.
No carro - demasiado abafado.
No jardim - demasiado sol.
Na rua - demasiado vento.
Odeio-me quando não me consigo concentrar. Torno-me (um nadinha) irritante.
Amor alfacinha
É impossível não amar Lisboa pela altura dos santos populares. As fitas às cores pelas ruas, os arraiais, o cheiro a sardinhas e febras, o sol de Junho que ilumina as fachadas e aviva o Tejo, os mangericos, canções de sempre que parecem perdidas no tempo durante o resto do ano, a febre de cinema português que invade a RTP...
Thursday, June 12, 2008
Descoberta magnífica
A todos os puristas que se oposeram à palavra fixe, a todos os que se queixaram ser mais uma das modernices de uma juventude que já nem falar bom português sabe, devo dizer que o nosso excelentíssimo actor António Silva utiliza o dito cujo vocábulo no filme O Leão da Estrela (de 1947). Tomem e embrulhem!!
Monday, June 09, 2008
Bons tempos
Tenho saudades da dor. Da ressaca muscular do dia seguinte. De treinar e treinar e treinar horas a fio. De ouvir a música até não poder mais. Tenho saudades de me faltar o ar, de ter as pernas a tremelicar de cansaço e os pés vermelhos e cheios de bolhas por causa das tiras dos sapatos. De me doerem músculos que nem me lembrava que tinha. De fazer a coreografia do princípio ao fim. De ouvir a Tania gritar que há um pé no sítio errado ou um cabeça fora de tempo. De fazer tudo, do princípio ao fim, em cima do palco com quarenta e tal pares de olhinhos avaliando cada pormenor. Tenho saudades de sentir o corpo no limite.
Saturday, June 07, 2008
I sound my barbaric yawp over the rooftops of the world*
PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL!!!!
*Dead poets society
Broken seal
Eu bem disse que era melhor ficar quieta enquanto não acabassem as aulas. Eu bem pressentia que soltar voz libertaria tentações às quais não me quero submeter. Bonito! Bem, vamos ver se desta eu tenho cabeça e força suficientes para levar a minha nau a bom porto. Já só faltam dez dias...
Do outro lado do espelho
Primeiro aparecem as pessoas. Assim de repente, alegres, bem-dispostas e cheias de virtudes. Tudo são rosas e concordia. Mas depois, quando elas já se colaram às paredes do nosso coração, depois veem os defeitos. Devagarinho e pela calada. Começamos a ver coisas que podíamos jurar que não estavam ali antes. Pequenos vícios, manias, jeitos e defeitos. É quase sempre assim. Porque a principio queremos sempre ser melhores, darmo-nos bem e sermos um grupo unido e uma equipa que mais parece uma família (a dois, a três ou a vinte). Mas com o tempo e com a familiariedade as pessoas vão baixando a guarda. Parece o quebrar de um feitiço. Sentimos que talvez aqueles bons tempos que passámos estejam a chegar ao fim. Mas não. A verdade é que é nesse ponto que as coisas começam a valer mesmo a pena. Quando os defeitos dos outros nos batem à porta e decidimos que, quando colocados na balança, as suas qualidades e a amizade que nos une vale muito mais. Que não importa. Porque também nós temos as nossas falhas e afinal que tipo de amigos seríamos nós se debandássemos por tão pouco? Por um pouco de humanidade. A verdade é que o baixar a guarda é um elogio. É o dizer aqui estou, um melting pot de qualidades e defeitos e acredito que verem-me como sou apenas irá fortificar a nossa amizade. Portanto obrigada.
You can't love people in slices.
Thursday, June 05, 2008
Small confession
Por vezes, quando acabo algum trabalho que me manteve acordada até tão tarde, quando sei que todo o prédio já adormeceu, ainda abro a porta do teu quarto e deixo-me ficar. Só para te ouvir respirar. Ainda tens aquele suave ressonar que sempre te ouvi desde que eramos pequenos. Lembraste de quando te pegava ao colo e te colocava na minha cama porque tinha medo de ficar sozinha? Pode haver quem pense que sou pouco afectuosa, mas a verdade é que gasto os mimos todos contigo.
Sunday, June 01, 2008
Granted...
há dias em que é estranho sentir que parte de mim ficou presa na adolescência. Também há dias em que isto se sente como um empecilho, um fardo que só vai tornar uma relação afectiva que sabe-se lá quando é que virá a acontecer mais periclitante. No entanto a vida é mesmo assim e estou grata por nunca ter acontecido nada antes, pois provalmente teria sido pelos motivos errados (e eu dispenso cicatrizes emocionais). O importante é que sinto uma enorme paz interior, pois já não acredito em momentos perfeitos e muito menos em principes encantados. Agora só procuro o especial. Não, não procuro. Deixo a vida correr e acontece quando tiver de ser. Porque descobri que há pessoas que precisam de crescer sozinhas e amadurecerem por si para serem verdadeiramente saudáveis no plano emocional. Desejar um amor destinado a ser uma bengala é inútil. Eu não tinha nada para dar.
Cause I was still cookie dough (not done baking).
A bit of enlightment
Vamos lá a esclarecer uma coisa: eu não sou um bicho de sete cabeças por ser virgem. Detesto que por vezes, quando a conversa começa a abordar sexo, as pessoas olhem para mim como se quisessem dizer «põe-te a milhas que a conversa ainda não chegou ao infantário». Afinal a virgindade (mesmo nos vintes) não devia ser sentida como um carimbo vermelho estampado na testa. Qual é o motivo para ser tão estranho? Porque é que há tanto desconforto acerca de algo tão simples? É pela falta de experiência? É por estar bem informada? E depois? Afinal sou adulta como todos os outros. Será que só por não ter passado por isso tenho necessariamente de corar como uma adolescente assustada e deixar de considerar a sexualidade como algo perfeitamente natural? Será que isso trará paz de espírito a alguém? Acham que assim se restabelece a ordem no universo?
Este post já estava pensado há muito tempo, não apareceu neste momento em particular por nenhum motivo especial.
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