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Wednesday, November 29, 2006

Quem conta um conto...

Quando um grupo de jovens de vinte anos se reúne à hora de almoço e resolve fazer uma composição em conjunto - deixando apenas a última paravra à vista para que a próxima continue - o resultado é este:
Um croissant de chocolate ia pela rua muito descontraído quando o tecto caíu, todos ficaram espantados e choravam muito. Muito barulho se fez nessa noite, o João sabia que a feira da carne no Feira Nova é à quarta-feira. O senhor doutor estava fascinado com o estado do seu paciente e disse: "Ouve lá, onde é que estavas no 25 de Abril?" Ele respondeu que ainda não era nascido. Mas morreu muito depressa e a verdade é que ninguém estava a ver as palhaçadas que ele fazia no meio da rua. O que ele fazia à noite também não era bonito. Mas bonito, bonito era o gato da vizinha. Esta viu um gato na janela e gritou pois tinha alergia a todo o tipo de frutos secos, pelo que não conseguia sequer abrir nozes muito amargas e cuspiu tudo para o chão. Bolas! Cai-me tudo das mãos. Sou um desastre ambulante. Então apareceu o Tinóní e deu um pontapé na Floribella, que morreu de osteoporose e o seu corpo foi parar à Nova Zelândia porque ninguém o queria em Portugal.
FIM
Contributos:
Joana Silva
Inês Simão
Marina Calado
Joana Manata
Tatiana Salvador

Monday, November 27, 2006

Sesame Street - Dance myself to sleep



Nesta altura do ano gostava de voltar a ser pequena (em idade). Com a agenda a rebentar pelas costuras com coisas que tenho para fazer, os problemas que surgem, a chuva e o frio, gostava de poder passar as manhãs em casa da minha avó, embrulhada na cama a ver a Rua Sésamo...

Sunday, November 26, 2006

"Não é café!"

Desabafo

Dias que passam por mim aqui fechada. Sala, quarto, sala, quarto... E nada acontece, nada do que devia acontecer. A maldita sebenta ainda ali está, impenetrável. E eu tento, uma e outra vez. E volto a cair. Aterro no sofá a ver mais um episodio da Buffy. Paro a meio, volto para a sebenta... tento e tento e não entra nada... Sofá... Sebenta... Sofá... E cheguei hoje ao ponto em que não posso mais cair. Não há (nunca) tempo, roubei minutos e horas para ser fraca mas agora não restou nada para roubar. Passo duas horas a ler quatro míseras páginas. Estou no meu limite. A linha está a chegar ao fim. E não é mero cansaço, que sim, é muito. É desespero. É o tentar, é o mergulhar naquilo que não gosto e não ver frutos. Nada! É o que me revolta. Ao menos com as cadeiras de literatura as coisas percebiam-se, as páginas avançavam. Aqui estou impotente e não posso deixar de me sentir como uma miúdinha pequena, incompetente e assustada.
Revolta-me! Revolta-me que passe os dias, todos os dias, um após o outro à base de comprimidos para a dor de cabeça e café e depois chego com nada para mostrar. Uma professora estupefacta a olhar para mim e a dizer que não chega, que isto não é o meu primeiro ano. E sentir-me envergonhada com a minha preguiça quando na verdade já estou a dar tudo o que tenho. E não chega. Depois veem as acusações. Sinto-as mesmo quando ninguém as diz. Ferem a pele e o que restou por baixo dela. Porque guardei o canto e a dança. Porque se calhar devia desistir deles por uns tempos. Não! Estou cansada, é verdade, mas eles são o meu combustível, sem eles não me voltaria a levantar (tão depressa) da próxima queda. Então porque me sinto ainda tão culpada? Tão preguiçosa, ingrata até??... Suspiro bem fundo... Volto para a sebenta, essa caixa de Pandora...

Friday, November 24, 2006

Café, o meu novo amigo

Buffy the vampire slayer - private joke

Buffy: Remember - the ritual starts, we all die. And I'll kill anyone who comes near Dawn.
Spike: Well, not exactly St Crispin's Day Speech, was it?
Giles: "We few, we hapy few..."
Spike: " We band of buggered!"

Sunday, November 19, 2006

Nas palavras de Gilbert O'Sullivan

Alone again... naturally!
* por duas semanas queen of the house!

Cats



Uma lufade de ar fresco neste ambiente meio depressivo...

Saturday, November 18, 2006

Gosto de abraços apertados. Sentidos e demorados. Daqueles em que cabe um suspiro.

E depois do sonho

Desperto de um sonho. Olho para o tecto nesta indecisão - bom ou mau? não sei dizer. Lembro-me nitidamente dele, ainda sinto o seu calor a vibrar-me no corpo. Sigo com o dia para a frente com a recordação a martelar-me na cabeça. Não a posso manter mas não a quero largar. É complicado... explicar sem descrever, sem narrar o que vi de olhos fechados. (Será que vale mesmo a pena?) Quem dera poder guardar a sensação numa caixinha no meu bolso. Acreditar de que é real, que é palpável, que não é só mais um sonho. Não ter mais nada nem ninguém para conquistar, - chega! Que agora só quero sorver-vos, aproximar-me, aprender os tiques, as histórias, os sonhos... E a mim - mais do que a minha companhia, não me querem conhecer? As minhas manias, as minhas frustrações, as minhas hastes, as minhas ideias, a minha euforia idiota - não me querem aprender? Eu sou uma pessoa tão estranha e normal... prometo! (desde que não beba café, aí já não respondo por mim!). Gostava de acreditar que já posso colher os frutos, que acabei o meu ninho e me posso aninhar em vocês. Dançar só já não me basta. Quero um clã, como dantes, private jokes incluídas. As brumas começam a levantar, como os primeiros raios de sol, fracamente mornos mas com a promessa de um calor mais forte. Não consigo esquecer as palavras, aquele abraço tão autêntico que me custa a acreditar que foi sonhado. Resta ainda um formigueiro nos meus braços e um calorzinho no coração...

Tuesday, November 14, 2006

Meu coração, minha bola de ping-pong...

... hoje levaste uma pancada tão forte que passaste para além do campo adversário. Atordoado e fora de jogo. Cais e agarras-te às feridas. Time out. Ssssh... deixa-te ficar estendido no chão. Deixa o mundo ganhar nitidez. A vida é uma batalha. Levantas-te e sacodes o pó de ti. Rasga esse invólucro, esse entorpecimento e avança. De novo em jogo e desta vez espero que fiques mais tempo no meio campo certo. Mais uma vez da depressão para a motivação. Mais uma vez, como numa partida de ping-pong.


"If you can't fix it you gotta stand it"

Saturday, November 11, 2006

When moonlight fills my room*

A verdade resume-se a isto: quando as luzes se apagam uma de duas coisas acontece. Umas noites sinto o cansaço das longas viagens que são os meus dias abater-se sobre mim e despojo-me dele como uma velha pele de serpente. São restos de felicidade, cai sobre mim um sentimento de recompensa. Outras adormeço num suspiro frio, com o cabelo por afagar e ninguém em quem me aninhar. Hoje é uma dessas noites.

*I still believe, Miss Saigon Soundtrack

Sunday, November 05, 2006

De novo...

Mágoas lavadas. Arrancadas numa noite. Palavras adormecidas no meu corpo moído, embaladas num suspiro. Cuspo mais uma semente podre para bem longe. De novo estou vazia e cheia apenas de mim! Sabe bem encher este corpo a solo. De novo no mar da tranquilidade. De novo no meu rumo. Vem... - abraça-me, desafia-me, faz-me dançar ao limite. Deixa-me ler-te, transforma-me para mim. Provoca-me, traz de volta a minha feminilidade, faz-me ir para além de mim, para além daquilo que era... Braços que me revivam como chamas para uma fénix moribunda. Voltei! Acredito que sobreviverei, que não é o fim, apenas um acidente de percurso. Estou viva! Cá dentro estou viva! Tenho braços e sebentas e anseio a manhã para meter mãos à obra! Dobrar esse cabo das tormentas a todo o vapor. Tenho esperança e (tantas) pegadas na areia para me guiarem...

Friday, November 03, 2006

Nations of the World



Há músicas que parece que nos perseguem o dia todo. Agora imaginem o que é passar a tarde toda (toda!) com esta música na cabeça... (ainda por cima só consigo cantar um continente!)

Wednesday, November 01, 2006

Medos

A ver aquele filme outra vez. O nosso filme. Já tinha tantas saudades... E a cada cena lembro-me dos vossos risos e expressões, coisas que já nem me lembrava, private jokes esborratadas. E aquele final:

- Everything is gonna change now, isn't it?
- Yes...

As lágrimas cairam por fim (é inevitável!). Desta vez bateu (mais) fundo. Senti as palavras cravadas na pele. Senti-as sairem de mim. E o meu corpo tremeu. Porque vai mesmo mudar e tenho medo. Olho para o passado e vejo as coisas mudaram, olho para o futuro e tenho medo do que aí possa encontrar. Para uns (e muito mais do que uns) é o fim da linha e isso aterroriza-me. Já tanta gente veio e foi na minha vida que não posso admitir por um segundo que isso nos venha um dia a acontecer. Ainda menos que esse dia este a alguns meses de distância. Fotografias desses dias que parecem tão longínquos. A realidade é baça e opaca. Quero aqueles risos de novo. Exactamente aqueles. Não! não quero sair daqui. (Vês como afinal também tenho medo de prazos?)... Suspiro... Quero acreditar com tudo o que tenho que desta vez (só desta vez) não será o fim. Que vos levarei comigo mais do que em simples memória...