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Sunday, August 20, 2006

Feminilidade por inteiro

Não sei o que veio primeiro. Se os saltos altos, as saias, a confiança, a amizade, o lady styling... Mas o certo é que tudo isto esteve (está) presente, e agora tudo está diferente. O meu amor bifurcou-se, com a força de sempre, cada vez maior, se possível. Não sei ser mais feliz do que já sou na salsa e (agora) na kizomba. Não encontro a menina que começou a dançar à (apenas) dois anos atrás. Já não sou menina. Deixo-a para trás cada vez mais, sobretudo nos últimos meses. Sinto-me mulher, cem por cento, em cada dança. Não é uma questão de já ter experimentado tudo, é uma questão de descoberta, de auto-confiança. De ser verdadeiramente que sou e quem posso ser, sem medos, sem movimentos retraídos. Não sei explicar, não de forma verdadeiramente fidedigna... É preciso ver para crer...

A Joaninha (como eles me chamam) de saltos altos, toda de vermelho, saia daquelas que cada vez que rodam, rodam mesmo!, inteira naquela pista...

Que surpresa ver quem já não via há tanto tempo. Amigos do castelo que ruíu. E aquela frase ficou comigo, como uma recordação preciosa - Oh Joana, nem te reconheci. A sério, nem vi que eras tu, estás tão diferente, mais magra, mais elegante, feminina, confiante... Tu a dançar... Cuidado que ninguém te pára! (sim, foi uma excelente massagem para o ego!)

O meu pai chama-me show off. Sim, quero impressionar os outros. Mas não por querer mostrar que sou boa, mas por querer mostrar como posso ser eu mesma, e como esse eu é tão diferente do que normalmente está à vista. A diferença entre uma coisa e outra é tão ténue que até eu tenho dificuldade em vê-la, mas conseguem perceber? Estará assim tão errado?

Sei que já escrevi sobre isto antes, mas cada vez que o faço ainda parece a primeira vez. Porque é diferente, é uma nova barreira que se transpõe. E hoje não é sobre a salsa. É sobre a kizomba. Sobre ansiar por braços que envolvam o corpo por inteiro, pela sintonia, pelo ritmo... um ritmo que sempre odiei, mas que agora flui no meu sangue, bate no meu coração... Estou drogada, inebriada, completamente viciada na dança... O Patrick Swayze tinha razão! Sem confiança, sem nos deixarmos tocar não é possível. (Já ouço bocas brincalhonas - O que tu queres sei eu! - ) Não sei explicar porque gosto... Este post sabe-me a pouco quando penso, quando ouço kizomba e salsa aqui no pc... Apetece-me levar-vos no bolso em cada saída. Testemunhas da minha felicidade, perceberem a obcessão, o bichinho... Porque eu sei que sou chata com este assunto. Chata e obcessiva. As minhas desculpas, mas não consigo calar o que já está dentro de mim, tão dentro de mim que já confundo com aquilo que já era meu...

3 comments:

sancie said...

You go girl!!! ;) :)

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sahara said...

mais do que perceber por inteiro, talvez o respeito de tens essa paixão "inexplicável". até porque pode não se compreender a tua mas compreender-se através de uma que "nós" tenhamos. e assim fica fácil e percebe-se porque gostas, porque amas a dança com tudo o que tens e dás. há lá melhor coisa para facilitar o contacto com a nossa inner lady ;)

keep it up and nevermind the rest :)

beijo grande*

marina said...

mantenho: o mais importante é sentirmo-nos bem com nós próprios. dai parte todo o processo para o "outro".

primeiro passo concluido. a partir dai é facil :)

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