Num dia em que acordamos deprimidos sem razão aparente e (mesmo) nada nos consegue arrancar um sorriso sentido (mesmo dos pequeninos) ir ver Em busca do vale encantado é provavelmente a coisa mais estúpida que se poderia fazer.
Friday, December 28, 2007
Monday, December 24, 2007
Sunday, December 23, 2007
Tuesday, December 18, 2007
Property # 2
'Your uncle cautions you that Sarah may be very different when she returns,' my aunt said. 'She has passed as a free woman, and that experience is generally deleterious to a negro's character.'
'She has done more than that,' I observed. 'She has tasted a freedom that you and I will never know.'
My aunt looked perplexed. 'What is that?' she said.
'She has traveled about the country as a free white man.'
Valerie Martin
Property # 1
That he was dull, that he was without tenderness: was this reason enough to hate him? Surely not, but by the time we left the city, I had come to dread the feelings that must arise in my own breast when I was dependant on my husband alone for whatever joy life might have left to offer me. And I was right to be afraid. In town he was unsure of himself, but in his own home he was a tyrant. He drained the color from every scene, the flavor from every bit of food, the warmth from every exchange of sentiment. He had not so much destroyed my life as emptied it, and now that he was gone, I had to pretend there was something alive in me. Joel had sensed this. My laughter was too ready, and it was hollow. When he looked into my eyes, it must have been like staring through the windows of a burnt-out house. Doubtless, he attributed this to the ordeal of the insurrection, and it didn't occur to him that what had left me with ashes for a heart was not murderous negroes, but my marriage.
Valerie Martin
Sunday, December 16, 2007
So much love
Mais um espectáculo, mais um estrondoso sucesso. Novamente saio dali com o coração cheio. Nem acredito no grupo que temos. Por vezes custa a acreditar o que se consegue e no que se tira de algo que parece tão simples e mundano. Uma turma de dança... e então? Há tantas por aí aos pontapés! Pois, mas como os nossos pornográficos há só uma, e eu sinto um orgulho tremendo de poder estar aqui. Agora é preparar já o próximo espectáculo...
Friday, December 14, 2007
Patchan... puft!
Apartir do momento que passámos a fronteira da uma semana e passámos a dias de espera que as coisas mudaram. As pessoas andam nervosas, neuróticas e até um pouco frenéticas. Os nervos começam-se a instalar, os imprevistos começam a surgir: guarda-roupa, lesões, pequenas falhas técnicas na música. Acho que já não sei ouvir. O meu coração bate mais alto do que o compasso da música e a descarga de energia já é tanta que por vezes perco-me no meio dos meus movimentos. Penso que a expectativa já é tanta e já estamos há tantas semanas à espera deste momento que só queremos subir ao palco e acabar com esta espera. Quando os vejo assim a começar a andar como baratas tontas só me apetece parar o tempo e abraçá-los a todos, esquecer que o meu coração também palpita nervosamente.
Wednesday, December 12, 2007
Carpe diem
Dica do dia: quando passar por um vendedor de castanhas inspirar bem fundo.
(porque é que o cheiro das castanhas é tão especial?...)
Thursday, December 06, 2007
Wednesday, December 05, 2007
Tuesday, December 04, 2007
Monday, December 03, 2007
J.
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração
Almeida Garrett
Há momentos em que me fazes sentir assim. Acredito que és o meu molde mais perfeito.
Sunday, December 02, 2007
L.
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
[..]
Às vezes tu dizias: os teus olhos são como peixes verdes.
E eu acreditava.
[...]
Mas isso era no tempo dos segredos,
[...]
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Eugénio de Andrade
Já não sei se sei quem és ou no que te tornaste. Sei que das últimas vezes éramos um vazio, já não havia mundos para onde nos perdermos. Percebo que é injusto dizer que já não te quero (ver) mais. Antes eras o meu futuro Freddy Eynsford-Hill, mas agora olho para ti e o passado já não significa nada. Sim, ainda tens os mesmos traços, ainda me falas da mesma forma e ainda me chamas por aquele nome. Mas o que tínhamos antes não chega, é uma concha vazia. Será que não reparas? Não achas estranho? Porque é que ainda escreves sobre mim? Porque é que as tuas palavras continuam as mesmas? Porquê depois de tantos anos? Juro que não percebo o que se passa aí dentro... O que o que é eu ainda sou para ti, afinal? Tu és apenas uma memória, uma fotografia que ficou manchada pelas últimas vezes que te vi. É pena... podíamos voltar a ser tanto. Não te peço que venhas montado num cavalo branco. Vem apenas. Vamos tomar café. Talvez ainda nos possamos reencontrar de verdade.
Friday, November 30, 2007
Eco
Pergunto-me para onde foram as ideias e as palavras. Será que hibernaram?... Quando relembro os posts do passado reparo como antes havia ideias e sentimentos, razões mais fortes para escrever do que apenas existir. Do que apenas acenar com palavras baratas e meias ocas como um náufrago em busca de significado. Não percebo muito bem se o que se esvaziou fui eu ou simplesmente os meus dedos no teclado. Se há coisas por dizer ou por sentir...
Wednesday, November 28, 2007
O pequeno post dos porquês # 4
De que é que serve uma pessoa respirar correctamente (pelo diafragma) se depois a grande maioria dos exercícios físicos são apenas para quem respira mal?? E depois vêem dizer que eu é que sou esquisita!
Monday, November 26, 2007
I smell (metaphorical) snow...
E pronto! Com meia duzia de palavras está (quase) instaurada a época natalícia. São duendes e Rudolfos de nariz vermelho a quererem entrar-me nos pensamentos, é o frio, as decorações de rua, os anúncios do Mon Cheri e do Ferrero Rocher, a música nos centros comerciais... Tudo chama, tudo pede chocolate quente e a abertura da fábrica de Natal cá do sítio (que sou eu mesma!)
Mas não! Só daqui a um tempo é que me posso dar a esses luxos... Fazer a árvore, a coroa na porta, os barretes e as astes, fazer as filhoses, comprar e embrulhar as prendas, ouvir músicas de Natal, ver o Quebra Nozes e os dois primeiros Sozinho em Casa, dormir embrulhada em flanela... Huuummm... Esta época sabe bem.
Wednesday, November 21, 2007
WTF???
Vamos fazer uma grande fogueira e fazer a dança da chuva!
É provavelmente a frase mais estúpida que disse durante... esta semana.
Tuesday, November 20, 2007
Quem diria...
E não é que o meu cérebro até funciona bem quando dorme mais de seis horas?...
É como descobrir um mundo novo, menos desfocado.
Monday, November 19, 2007
Slow learner
Três anos e tal nestas andanças. Seria de esperar que já tivesse aprendido a fazer as coisas como deve ser. É tudo tão bonito no papel, mas depois falta-me o fôlego para me mexer. Há pontas soltas por todos os lados, e tantas coisas que ficaram para trás. Há muitos dias que ando sem coragem para seguir para a frente.
Sunday, November 18, 2007
Pronunciem-se... (por favor)...
Confesso que isto de passar dias sem ver ninguém e sem messenger me deixa um pouco... neurótica. E este blog - a minha janela para o mundo - anda pelas ruas da amargura. Portanto, só para me levantar a moral - que tal um comentáriozinho, assim só para mostrar que isto não é o vazio que parece, e já agora, para eu não me sentir tipo Robinson Crusoe sem o raio do Sexta Feira...
Friday, November 16, 2007
Wednesday, November 14, 2007
NÃAAAAAOOOO!!!!
Raios partam o vírus, que já lá vão quase dois meses e nada de uma pessoa poder ir ao Messenger.
Sunday, November 11, 2007
Procura-se
Gostava de ter uma bolha actimel das invioláveis durante 48 horas. Levava os livros, dvds e o saco-cama lá para dentro e esquecia o mundo. Uma pausa sem kit kat...
Quer dizer, pensando bem, preferia uma daquelas salas do Dragon Ball em que uma hora cá fora corresponde a sei-lá-quantos dias lá dentro. Isso é que era!
Thursday, November 08, 2007
Faz espécie
É impressão minha ou este ano compras de Natal e conversas de Natal não combinam com os planos de S. Pedro? É que com vinte e tal graus e um sol radiante a última coisa que apetece são renas e chocolate quente.
Tentações
Ah e tal, se calhar não foi muito esperto da minha parte ter comprado nove livros que só vou poder tocar em finais de Janeiro.
Borders
Imaginem uma livraria do tamanho da Fnac com três andares. Com um piso para DVDs e Um Starbucks incluído. Um sítio onde "está esgotado" dificilmente será proferido. Onde há cestos de compras como se viéssemos buscar artigos de mercearia... É tentação a mais para ser resistida...
Tuesday, October 30, 2007
Jingle Bells versão Malibu
É nestas alturas (quando em finais de Outubro os termómetros registam 22º e está um sol bem quente) que as palmeiras do Presépio do El Corte Inglés fazem sentido. Muito à frente...
*e que raio é isso de abolir o Outono e já andar a promover o Natal???
Biologia
Faço as contas bem feitinhas. Dá tempo para tudo, é à estica, mas funciona bem. Um plano bem construído e à prova de atrasos. Tudo certinho. E depois vem a constipação e lixa-me isto tudo!...
Friday, October 26, 2007
Preguiça tuga
Quem passar pelo Campo Pequeno pode agora encontrar o mendigo mais preguiçoso de Portugal. Trata-se de um senhor sentado numa cadeirinha, com um acordeão aos pés e com um rádio no colo a tocar música do dito instrumento. Com franqueza... Quer dizer, pelo menos os miúdos com os cães ou os dos pensos no meio da estrada ainda se esforçam...
O pequeno post dos porquês # 3
Mas porque raio é que algumas pessoas (nomeadamente as velhotas com grandes quantidades de laca no cabelo) sentem a necessidade de se colarem a nós nas filas de supermercado?? Será que ver os cabelos das outras pessoas a mexer com a nossa respiração tem alguma piada? A sério que não percebo... E depois colocam os produtos delas siamesamente coladas aos nossos e depois quando é hora de fazer o registo ouve-se sempre o "Olhe que a partir daí já é meu!"... Fico piursa!
Thursday, October 25, 2007
A change of heart
Ainda me é difícil aceitar que outro ritmo se venha instalar assim tão fortemente no meu coração...
And so it is...
Quase uma semana depois e só agora retiro a pulseira do pulso. Mas desta vez foi diferente. Pela primeira vez não fiquei triste por chegar ao fim. Porque houve tanto que dali saiu. Mais projectos, mais amizades, mais à-vontade... Só agora que olhamos para trás é que revemos tudo o que mudou nas últimas semanas. Como um grupo se tornou uma família, como as pessoas se tornam mais alegres, calorosas e naturais. E como três minutos de palco mudaram tanta gente. Acho que vamos ter de pensar em novos nomes de guerra; neste momento somos uma salgalhada uns dos outros, como um grande emaralhado genético.
Thursday, October 18, 2007
"O ataque à Cidade Universitária"
VI Congresso Mundial de Salsa
É já amanhã!!! Nervos antes de ir para palco... não, que ideia!
Wednesday, October 17, 2007
Tuesday, October 16, 2007
Tiny problem...
Faltam três dias e oito horas para o Congresso e os vestidos continuam presos na alfândega...
Saturday, October 13, 2007
The show must go on
Odeio-te. Mesmo tentando não consigo gostar de ti. Odeio o teu cheiro, o teu riso, odeio a forma como me olhas e o teu toque no meu corpo. Odeio ter de fingir que gosto e que és realmente o homem com quem quero estar. Odeio que não me consigas fazer sentir nada mais que isto. Odeio que me tenhas roubado o prazer da coreografia e que tudo o que exista agora é um corpo cansado.
Thursday, October 11, 2007
Eles andem aí!
É um facto irrevogável que os nossos aparelhos eléctricos nos querem lixar a vida. Isso de "O material tem sempre razão" é muito bonito mas são tretas! Balelas! É algo que nunca me deixa de surpreender, mesmo quando já estou a pulga atrás da orelha. Um leitor de DVD, todo bonito, bem comportado até que - pimba! Do nada e sem dizer água vai o dito cujo avaria-se dos pirolitos! Manda-se arranjar, chega-se à loja e, surpresa das surpresas, a máquina amansou e não acusa problema nenhum. Regressa-se a casa e confiantemente coloca-se um filme lá dentro e puff! Voltamos ao mesmo. É mais do que simples Murphy Law; é a alminha distorcida da coisa. Já com computadores, máquinas de café e aparelhagens é a mesma coisa. E de certeza que não são as minhas mãozinhas de fada que desconcertam os aparelhos, nem o toque de Midas distorcido! Uma cabala, isso sim! Nestas alturas é que vejo que o livro é que é nosso amigo!
PS: Gosto do pormenor da imagem, o Mr Chainsaw.
Monday, October 08, 2007
Como areia entre os dedos
Num dia tenho onze mangas por ler e quatro dias depois já só resta uma! Bolas!
Sunday, October 07, 2007
Fulminem-me!
Nãaaaaao! Acabei Alice 19th! [*chora compulsivamente*]. Sete volumes lidos num piscar de olhos e pronto! Fecha-se a cortina e não resta mais nada. Porquê??? PORQUÊ???? Ainda por cima tanta coisa para o desfeche se dar em apenas quatro páginas, quatro páginazinhas... Não, não, não! [*tremelicando e fazendo beicinho*].
Friday, October 05, 2007
O preço dos sonhos
Quando me deparo com fotos destas pergunto-me o que ando a fazer. Se fazer o que mais gosto e andar totalmente a cair pelos cantos, entalada entre horários compensa a falta disto. Será um preço justo? Quem corre por gosto não cansa. Mas será que o que deixo para trás não é algo que devia manter sempre comigo? Vou perdendo os sorrisos, esquecendo o som do riso dos outros. Ontem recebi um abraço. Já não me lembrava do calor.
Wednesday, October 03, 2007
Thursday, September 27, 2007
O pequeno post dos porquês # 2
Mas porque é que as pessoas fazem todas questão de se levantar com o metro em andamento quando param na estação terminal??
Monday, September 24, 2007
Viva a globalização!
Jantar comida indiana ao som de Frank Sinatra com uma manga mesmo ao lado... é qualidade de vida!
Friday, September 21, 2007
Japanese love
Tuesday, September 18, 2007
The Sesame Street Personality Test
You Are Ernie |
Playful and childlike, you are everyone's favorite friend - even if your goofy antics get annoying at times. You are usually feeling: Amused - you are very easily entertained You are famous for: Always making people smile. From your silly songs to your wild pranks, you keep things fun. How you life your life: With ease. Life is only difficult when your friends won't play with you! |
Neither here nor there # 3
The best that can be said for Norwegian television is that it gives you the sensation of a coma without the worry and the inconvenience.
Bill Bryson
Neither here nor there # 2
I examined six or seven restaurants, mystified by the menus, wishing I knew the German for liver, pig's trotters and boiled eyeball, before chancing upon an establishment called the Restaurant de la Place at the top of the town. Now this is a nice surprise, I thought, and went straight in, figuring that at least I'd have some idea what I was ordering, but the name Restaurant de la Place was just a heartless joke. The menu here was in German, too.
It really is the most unattractive language for food-stuffs. If you want whipped cream on your coffee in much of the German-speaking world, you order it 'mit Schlag'. Now does that sound to you like a frothy and delicious pick-me-up, or does that sound like the sort of thing smokers bring up first thing in the morning? Here the menu was full of items that brought to mind the noises of a rutting pig: Knoblauchbrot, Schweinskostelett ihrer Wahl, Portion Schlagobers (and that was a dessert).
Bill Bryson
Saturday, September 15, 2007
Neither here nor there # 1
One of the small marvels of my first trip to Europe was the discovery that the world could be so full of variety, that there were so many different ways of doing essentially identical things, like eating and drinking and buying cinema tickets. It fascinated me that Europeans could at once be so alike - that they could be so universally bookish and cerebral, and drive small cars, and live in little houses in ancient towns, and love soccer, and be relatively unmaterialistic and law-abiding, and have chilly hotel rooms and cosy and inviting places to eat and drink - and yet be so endlessly, unpredictably different from each other as well. I loved the idea that you could never be sure of anything in Europe.
[...]
When I told friends in London that I was going to travel around Europe and write a book about it, they said, 'Oh, you must speak a lot of languages.'
'Why, no,' I would reply with a certain pride, 'only English,' and they would look at me as if I were crazy. But that's the glory of foreign travel, as far as I am concerned. I don't want to know what people are talking about. I can't think of anything that excites a greater sense of childlike wonder than to be in a country where you are ignorant of almost everything. Suddenly you are five years old again. You can't read anything, you have only the most rudimentary sense of how things work, you can't even reliably cross the street without endangering your life. Your whole existence becomes a series of interesting guesses.
Neither here nor there, Bill Bryson
Thursday, September 06, 2007
The scarlet letter # 1
Even the attractiveness of her person had undergone a similar change. It might be partly owing to the studied austerity of her dress, and partly to the lack of demonstration in her manners. It was a sad transformation, too, that her rich and luxuriant hair had either been cut off, or was so completely hidden by a cap, that not a shining lock of it ever once gushed into the sunshine. It was due in part to all these causes, but still more to something else, that there seemed to be no longer anything in Hester's face for Love to dwell upon; nothing in Hester's form, though majestic and statue-like, that Passion would ever dream of clasping in its embrace; nothing in Hester's bosom t make it ever again the pillow of Affection. Some attribute had departed from her, the permanence of which had been essential to keep her a woman. Such is frequently the fate, and such the stern development, of the feminine character and person, when the woman has encountered, and lived through, an experience of peculiar severity. If she be all tenderness, she will die. If she survive, the tenderness will either be crushed out of her, or - and the outward semblance is the same - crushed so deeply into her heart that it can never show itself more.
Do tempo...
Há algo neste mergulho às raízes e aos velhos tempos - muitos bem antes de mim - que faz sempre brotar em mim o desejo (embora fútil, temporário e nos antípodas do meu eu rotineiro) de saber, na cabeça e nos dedos, o que é ponto jugoslavo.
How to be good # 6
It is the act of reading itself I miss, the opportunity to retreat further and further from the world until I have found some space, some air that isn't stale, that hasn't been breathed by my family a thousand times already. Janet's bedsit seemed enormous when I moved into it, enormous and quiet, but this book is so much bigger than that. And when I've finished it I will start another one, and that might be even bigger, and then another, and I will be able to keep extending my house until it becomes a mansion, full of rooms where they can't find me. And it's not just reading, either, but listening, hearing something other than my children's TV programmes and my husband's pious drone and the chatter chatter chatter in my head.
Nick Hornby
Já chegámos? Ainda falta muito?
- Gamitas
- Castelo Ventoso
- Pousios
- Fitos
- Casas Velhas
- Boião
- Azilheira
- Forninhos
- Monte das pitas
- Corte de Pereiro
- Perna Seca
- Vale Favas
- Manteigas
- Matosos
- Gavião
- Gavião de Baixo
Caso seja do interesse de alguém, estas são todas as terrinhas que aparecem assinaladas na IC1 entre o quilómetro 689 e o quilómetro 720. Viagens em família são uma seca.
Saturday, September 01, 2007
Friday, August 31, 2007
Wednesday, August 29, 2007
Isn't that nice? But it's wrooong!*
You were my strength when I was weak
You were my voice when I couldn't speak
You were my eyes when I couldn't see
You saw the best there was in me
Lifted me up when I couldn't reach
You gave me faith 'cause you believed
I'm everything I am
Because you loved me
You were my voice when I couldn't speak
You were my eyes when I couldn't see
You saw the best there was in me
Lifted me up when I couldn't reach
You gave me faith 'cause you believed
I'm everything I am
Because you loved me
Because you loved me, Celine Dion
Não, não pode ser assim. É tudo tão bonito, sabe bem numa tarde no sofá, mas está errado. Não existem principes encantados em cavalos brancos, e muito menos deveria haver donzelas em perigo. Toda a minha vida me regi por isto, esta música, este tipo de... veneno. Esperar (como eu esperei) que alguém apareça e nos mostre o nosso valor é errado. Acreditarmos que devemos ser respeitadas, admiradas e amadas porque alguém assim o diz é algo que nunca nos deveria passar pela cabeça. Está tudo ao contrário. Fazer com que o nosso amor-próprio dependa dos outros é absurdo. Deviamos ser nós a mostrarmos como devemos ser tratadas. Somos nós quem deve mostrar ao mundo (e a quem quiser ver) como nos amar. Um pouco como o anúncio do leite Matinal...
*Two stupid dogs
Monday, August 27, 2007
On this night of a thousand stars*
Sonhos recorrentes, que me fazem tropeçar nas minhas conficções. Que fazem vibrar os alicerces. Que deixam fantasmas na pele. Muito depois de se evaporarem. Meses depois ainda se mantêm quentes. E repetem-se em noites aleatórias. Sonhos que depois de expulsos me fazem correr atrás deles. Raios os partam.
*Evita Soundtrack
Friday, August 24, 2007
How to be good # 5
'Why don't you play Cluedo with us, Mummy?'
And I do, until tea time. And after tea, we play Junior Scrabble. We are the ideal nuclear family. We eat together, we play improving board games instead of watching television, we smile a lot. I fear that at any moment I may kill somebody.
Nick Hornby
Thursday, August 23, 2007
Vamos recapitular
Estamos no final de Agosto e o inventário recreativo é o seguinte:
- Livros lidos - dois
- Filmes vistos - três
Patético!... Mal posso esperar por Setembro...
Tuesday, August 21, 2007
Por favor... ainda é Agosto!
Se há coisa que me irrita é não pararem de falar no regresso às aulas quando ainda há gente (nomeadamente eu) que só vai de férias em Setembro... Party poopers!
Monday, August 20, 2007
Impossibilidades palpáveis
Há tanto tempo que oiço dizer que é impossível e demasiado mirabolante, mas sempre dei a volta por cima. Este ano já não tenho certezas. Queria olhar para todos e desafiadoramente acreditar que sim, que tenho forças para tudo. Mas fardo após fardo nem sei se consigo levantar os olhos do chão. Falta de fé é o primeiro passo para a derrota, e eu comecei com o pé esquerdo.
The bang after the getaway
Fugir dos problemas é coisa que não existe. Quando voltamos, areia nos sapatos e cabelos cheios de sal, eles ali estão à espera, encostadinhos à caixa do correio. Começo a fazer contas de sumir. O ano passado foi o que foi. Este ano já perdi a conta aos números e não sei como vai ser. Não há nada para cortar. Nada para subtrair. E eu continuo apenas uma, com apenas duas mãos. São demasiados mundos, demasiados eus numa só. Vinte e quatro horas para tudo isto. Por vezes sinto que vivo a minha vida em metades interrompidas. Pego aqui, largo ali, pego outra vez, numa sucessão de malabarismos infindáveis e ao milímetro. Carpe diem morreu. Já ninguém pára para cheirar as rosas.
Thursday, August 16, 2007
How to be good # 4
You see, what I really want, and what I'm getting with Stephen, is the opportunity to rebuild myself from stratch. David's picture of me is complete now, and I'm pretty sure neither of us likes it much; I want to rip the page out and start again on a fresh sheet, just like I used to do when I was a kid and had messed a drawing up. It doesn't even matter who the fresh sheet is, really, so it's beside the point whether I like Stephen, or whether he knows what to do with me in bed, or anything like that. I just want his rapt attention when I tell him that my favourite book is Middlemarch, and I just want that feeling, the feeling I get with him, of having not gone wrong yet.
Nick Hornby
Wednesday, August 15, 2007
Praia no... Outono?
Está frio. Na noite passada deixei-me ficar aninhada na manta. Em pleno Agosto. Hoje chuviscos, tempo meio nublado. Sinto que escapei uma estação. Primavera-Outono. Sem praia parece que nunca houve Verão, que é uma coisa que se vê na televisão, mas que bem se podia ter passado do outro lado do Equador. Fez ontem um ano que tirei os pés da areia. Irei recomeçar depois de amanhã. Tudo preto e eu sinto-me uma beluga. Parece-me que os meses de Outubro e Setembro vão ser regados a auto-bronzeador...
Monday, August 13, 2007
How to be good # 3
'Do you want a divorce?'
'I want it on record that it wasn't me who said it.'
'Fine.'
'You, not me.'
'Me, not you. Come on, David. I'm trying to talk about a sad, grown-up thing, and you still want to score points.'
'So I can tell everyone you asked for a divorce. Out of the blue.'
'Oh, it's completely out of the blue, isn't it? I mean, there's been no sign of this, has there, because we've been so blissfully happy. And is that what you're interested in doing? Telling everyone? Is that the point of it, for you?'
'I'm getting straight on the phone as soon as we're finished. I want to spin my version before you can spin your version.'
Nick Hornby
Meses de intervalo. Recomeçar do zero. Desta vez vai até ao fim, e pelo sabor das palavras nem deve custar assim tanto.
Friday, August 10, 2007
Thursday, August 09, 2007
Coffee girl
You Are a Cappuccino |
You're fun, outgoing, and you love to try anything new. However, you tend to have strong opinions on what you like. You are a total girly girly at heart - and prefer your coffee with good conversation. You're the type that seems complex to outsiders, but in reality, you are easy to please |
Sunday, August 05, 2007
Gosto de estar aqui
No site da Bloomsbury encontrei a seguinte citação:
"I belong to the Harry Potter generation. Before the fame, the movies and the merchandise came us, reading the books before bedtime."
Vhari Leishman
Friday, August 03, 2007
Little whims
Sentada tarde no computador. Lá fora alguém se riu. Oiço música e passeio pela net. Vou pensando e sentindo. Trago tanto no peito. Sentimentos de todas as cores. Saudades de tanta gente. Vontade de agarrar livros um a um com fervor. Correr filmes no sofá. Sono que vem espreitar. Quero sair, dançar, cantar. Quero amar. E amo as minhas noites aqui sozinha. Anseio nadar no mar e dormir sestas depois de almoço. Tenho saudades do cheiro do after sun. Divido-me entre desejos de gelado à colher directamente da caixa e peixe grelhado com oregãos. Entre dançar e cantar. Entre enroscar-me na minha almofada e ficar aqui mais um pouco. Entre qual o próximo livro. A culpa é toda da música. O meu coração é plasticina, moldando-se às notas que houve.
Monday, July 30, 2007
Sunday, July 29, 2007
Túlipas brancas
Está na altura de mudar. De aprender. De me amar. De aprender a amar-me genuinamente. Porque os holofotes também se fundem e o meu coração devia ser um pirilampo. Dia e noite. Venha o que e quem vier. Já aprendi a teoria, e é tudo muito bonito. Agora tenho de começar a tentar a prática.
Die hard
Nunca gostei muito de promessas. Parece que vêm com prazo de validade e estão apenas à espera de serem quebradas. Promessas deixam-me desconfiada. É o príncipio da ruína. Desta vez não haverá nenhuma. Vou trilhar um velho caminho uma vez mais. Talvez desta vez seja mesmo definitivo, embora tudo me soe a disco riscado. Velhos hábitos custam a morrer. Ficam ali aparentemente sossegadinhos num canto do sofá e quando damos por isso já sabotaram os nossos planos. Inocentemente. Os hábitos são as primeiras ervas daninhas a arrancar, os primeiros a ir pela janela. Preciso de um casulo novo. Mais fresco e arejado.
Friday, July 27, 2007
Goobdye love*
Com um suspiro coloco-te na prateleira. Despeço-me de ti sabendo que voltarei. Não neste ano, talvez nem no próximo. Quando regressar quero que seja quase como da primeira vez. Quero redescobrir cada palavra, cada letra como se não soubesse o caminho. E embora já saiba aonde me vais levar, quero sentir que me levas pela mão. E dessa vez não pouparei lápis ou teclas. Já não quererei saber se sou spoiler. Proclamarei as marcas mais profundas que deixaste sem medo ou receio de estragar o prazer dos outros. Porque não poderia jamais deixar de te referir. Não a ti. Sobretudo não desta vez.
*Rent Soundtrack
Obliviate! E vamos começar outra vez
Fim. Vou andando pela casa como que palmilhando um sonho. Presa dentro do meu corpo. A saga iniciada em 1997 chegou finalmente ao fim. E agora? Custa-me pensar que estes foram de facto os livros da minha vida, que não haverá mais viagens destas. No entanto algo se alegra em saber que nenhum outro lhes roubará o título.
"Os meus livros são como os meus filhos"
Já a professora dizia. E as personagens? Será que também podem viver como se viessem de nós? Não me quero armar em sentimentalista ou sentimentalona (caso haja diferença). Mas é verdade que me sinto vazia. Verdade que não há livro que se possa seguir a Harry Potter. Nem mesmo Eça. Então fico aqui, com uma pilha enorme de livros a meu lado e fora do meu alcance. Aqui, prisioneira de mim.
"Os meus livros são como os meus filhos"
Já a professora dizia. E as personagens? Será que também podem viver como se viessem de nós? Não me quero armar em sentimentalista ou sentimentalona (caso haja diferença). Mas é verdade que me sinto vazia. Verdade que não há livro que se possa seguir a Harry Potter. Nem mesmo Eça. Então fico aqui, com uma pilha enorme de livros a meu lado e fora do meu alcance. Aqui, prisioneira de mim.
Saturday, July 21, 2007
Happy feet
Pés doridos. Amanhã já sei que apenas me poderei arrastar com eles. Agora que os músculos ainda estão quentes a dormência não me importa. Olho para eles, tão massacrados. Amo tudo o que vejo. As nódoas negras, as marcas das tiras dos sapatos, as bolhas, os calos, as camadas extra de pele que se criam para (tentar) servir de almofada. Tudo isto tem história, nasceu com amor. Até a dor é doce, faz lembrar momentos ainda frescos. E os pés não se importam. Estão felizes de terem deslizado pela pista de dança durante tanto tempo. De terem brincado até à exaustão. E agora têm sono. Pedem cama e descanço e eu lá cedo, desejosa de os mimar. É necessário amar os meus pequenos lutadores.
Wednesday, July 18, 2007
Long way to go
Ontem andava muito bem a meter o nariz pelas prateleiras da Bertrand quando encontrei este livro. Folheei-o todo, página atrás de página e muito tristemente relato que dos 1001 títulos li apenas 21! Que baque! Bem posso passar o resto dos meus dias a ler... Caramba! Bem sei que não leio assim tanto... mas só 21?? Então os autores que eu leio não são ilustres o suficiente para pertencerem à lista? Está mal!
Tuesday, July 17, 2007
"Vá para fora cá dentro"
Pego no primeiro livro e aninho-me na cadeira. Assim começa a minha viagem.
Blank...
E finalmente dia 17 chegou. Depois de muito moer, de muito suspirar, de muito revirar os olhos e contar os dias. É hoje! Fim! Acabou-se... O pano cai e eu fico aqui às escuras à espera que a realidade me atinja como um raio. Tantas possibilidades, livros que gritam desesperadamente para saírem da prateleira. Estendem os braços ao lado os dvds que também barafustam. Entretanto o lenço da cama parece que me persegue pelo quarto. E eu nem sei para onde me vire primeiro. Também já não importa. O tempo voltou a ser meu amigo.
Sunday, July 15, 2007
Aftermath
Odeio o dia seguinte. Esta pasmaceira, o não saber que fazer, que querer. Sei ao certo apenas que queria estar com eles. Os que nos treinaram, os que partilharam os nervos, os que se envolveram em tudo isto. Aliviaria o vazio. Mas não hoje. Hoje fico aqui sozinha com este vazio estúpido. Gostava de ser como os outros. De ficar apenas feliz porque correu bem, porque fomos todos um sucesso, porque após as férias há mais e melhor e em Outubro haverá mais uma grande etapa à nossa espera. De acordar com um sorriso nos lábios e ficar assim. De seguir em frente ao invés de ter o coração pregado ao chão porque acabou. Mas será que o coração também é um músculo que se treina? Que se vai ensinando a ficar alegre e a reagir da forma certa às experiências pelas quais passamos? Quando algo nos preenche tanto, porquê sentirmo-nos vazios?
Sweet blur
Nem acredito que já passou... O grande sarau edsae... Fez-me lembrar os dias do Congresso, do nervosismo do sarau do ano passado. As amizades que se formam imediatamente, a confusão nas casas de banho, lacas, espumas, brilhantes, maquilhagem, roupas. Rever coreografias, tirar fotos, os risos e abraços, o nervosismo que nos une... E no fim o espectáculo não é nada! Passa a correr. Meses e meses para dois minutos de luz. E depois ficamos com este buraco no dia seguinte, este não saber que fazer. E revemos tudo, uma e outra vez. Caramba que soube bem! Como nunca antes. Depois de tanta frustração descobri como sou outra assim que a luz dos holofotes me toca. Sou mais. Muito mais. Os nervos não são nada e tudo o que eu quero é estar ali. Mostrar o que sei fazer, o que posso fazer. Dar-me de peito e alma abertos para o público, olhar nos olhos de cada um e assumir-me ali. Pela primeira vez não quis fugir. E puxo os músculos até ao limite, puxo-me a mim até ao limite. E os aplausos e piropos que jorarram sem eu ouvir, de tão mergulhada que estava. E replay outra vez...
Agora só em Outubro.
Friday, July 13, 2007
Those were the days*
A fazer a mala:
- Roupa para lady styling
- Roupa para kizomba estúdio coreográfico
- Roupa para Club Salsa
- Maquilhagem
- Adereços
- Água
- Comida
- Muda de roupa para festa
- Mp3
- Roupa para lady styling
- Roupa para kizomba estúdio coreográfico
- Roupa para Club Salsa
- Maquilhagem
- Adereços
- Água
- Comida
- Muda de roupa para festa
- Mp3
Rever tudo na cabeça, os items da mala, as coreografias, os horários, etc, etc... Quase que me sinto de volta ao Congresso...
*All in the family opening credits
Tuesday, July 10, 2007
Low point
Acho um ultraje! um completo descabimento e o cúmulo da ignorância que seja necessário colocar legendas para se cantar o Hino Nacional! O Hino, senhores!! Ainda por cima num evento que seria transmitido em todo o mundo. Isto realmente é o fundo do poço... quando pensava que já era mau o pessoal não saber o que era egrégios... Que vergonha!
Monday, July 09, 2007
Mas que raio...
Há algo de muito errado quando as meninas querem fazer a coreografia de soutien, collants e saltos altos... Bando de magrelas atrevidas!
Sunday, July 08, 2007
Half reality
Transe. Inspira... Expira... Olhos fechados, música ambiente e sons exteriores. Cá dentro surgem palavras de uma língua desconhecida. Memórias de um passado mais longínquo que eu. De um tempo ao qual sou estranha. Deu-me para aqui outra vez e pouco me importa. Deixo-me ir; porquê lutar? Sinto-me confortável aqui e isso basta. E depois tu chegas e trazes a realidade contigo. Mas quem te pediu para interferires? Deixa-me no meu sonho até ele decidir que é hora de acordar. Porque é que não pode ser assim? Abres as portas de par em par sem licença e consporcas o que tinha nos braços, porque me arrancas sem saber da minha bola de sabão. Era meu...
Men! totally unable to take a hint!
Doce tilintar
Deitada a meio da tarde. O sono vem. Eu deixo. A respiração acalma e os olhos fecham. O vento passa pelos espanta-espíritos e fá-los tilintar. É doce. Inspiro o momento. Então é assim que sabe... já quase me tinha esquecido. Ainda faltam dias, mas não faz mal. Já não tenho (tanta) pressa. À medida que o sol se põe e nasce outra vez a realidade vai morrendo, entrando em sono estival até Setembro. O som dos espanta-espíritos entrelaçado com a minha respiração sabe bem.
Tuesday, July 03, 2007
What the... ???
Apparently someone died and made me queen... On one hand it's kinda nice and a great ego massage, on the other the worship part is a tad (a big tad)... needy! Now I just feel like saying "GET OFF!!" on the top on my lungs.
Monday, July 02, 2007
Inócuo uma vírgula!
No meio desta solidão de dias fui ver o The Holiday. Má jogada. É bem feita que agora ande pela casa com choraminguices - quem é que me manda fazer destas? Ah e tal, porque não faz mal nenhum!
Saturday, June 30, 2007
Saudades
Friday, June 29, 2007
Nada de novo, portanto!
O Cohen colocou uma pitada de sal à beira do prato, e respondeu, com autoridade, que o empréstimo tinha de se realizar absolutamente. Os empréstimos em Portugal constituíam hoje uma das fontes de receita, tão regular, tão indispensável, tão sabida como o imposto. A única ocupação mesmo dos ministérios era esta - cobrar o imposto e fazer o empréstimo. E assim se havia de continuar...
Carlos não entendia de finanças: mas parecia-lhe, desse modo, o país ia alegremente e lindamente para a bancarrota.
- Num galopezinho muito seguro e muito a direito - disse o Cohen, sorrindo. - Ah! sobre isso, ninguém tem ilusões, meu caro senhor. Nem os próprios ministros da Fazenda!... A bancarrota é inevitável; é como que faz uma soma...
Eça de Queirós, Os Maias
Thursday, June 28, 2007
Big sister love
Tenho saudades de quando te pegava ao colo e rodopiava e tu rias-te e agarravas-te mais a mim. Sinto a falta daquelas manhãs de fim-de-semana em que te trazia ao colo para a minha cama e ficavamos os dois no quentinho, eu adormecia contigo a palrar ao lado para depois acordar com as tuas mãos a explorar o meu cabelo. De te ver adormecido, descançado porque me sentias perto. Continuas a ser o único rosto que me faz chorar.
Wednesday, June 27, 2007
Monday, June 25, 2007
Sangue novo
Victor Hugo, Juliet Marillier, Bill Bryson, Júlio Dinis, Gregory Maguire, Haruki Murakami, David Lodge, Alexandre Dumas, Nathaniel Hawthorne, Elizabeth Gaskell, Joseph Conrad, John Le Carré, Robin Maxwell, Jonathan Swift, Daniel Defoe, Milan Kundera, Agatha Christie, Virginia Woolf, Truman Capote, Emily Brontë, Noel Streatfield, L. Frank Baum, Jeffrey Archer, George Mikes, John Jakes, Leo Tolstoy, Richard Maltby, John Osborne, Evelyn Waugh, Bernard Shaw, Louisa May Alcott, Carson McCullers, Rosalind Miles, James Goldman, John Milton, Walter Scott, Christopher Paolini, Bernard Schlink, Bram Stoker, Mark Twain...
Apetece-me gente nova, palavras novas. Nestes dias estranhos, nem carne nem peixe, só me quero soltar as amarras e deixar o meu balao voar bem alto e por autores desconhecidos.
Apetece-me gente nova, palavras novas. Nestes dias estranhos, nem carne nem peixe, só me quero soltar as amarras e deixar o meu balao voar bem alto e por autores desconhecidos.
Saturday, June 23, 2007
É a base; é a basezinha!
O abade coçava a cabeça, com o ar arrepiado.
- A instruçãozinha é necessária - disse ele. - Você não acha, Vilaça? Que Vossa Excelência, Sr Afonso da Maia, tem visto mais mundo do que eu... Mas enfim a instruçãozinha...
Eça de Queirós, Os Maias
Já tinha saudades deste meu português. E Eça é sempre um bom porto para regressar.
Friday, June 22, 2007
Your eyes*
I used to feed on your eyes, on all the treasures I could find there. It tasted like a peach in Summer - fresh, sweet and plum. Now I feel it's all gone. Your eyes are dead soil. Now I starve and part of me dies. Because I'm human. You see me flawed and all the wonder is lost. The super hero has fallen down.
*Your eyes, Rent Soundtrack
Wednesday, June 20, 2007
Saturday, June 16, 2007
The line is a dot to you*
Estou cansada de dizer que estou cansada. Farta de despertadores e páginas teóricas insípidas. Por mais que corra e que não me deixe vencer o horizonte não fica mais próximo. E quando penso que tudo está finalmente encaminhado, que cada diz falta menos... algo acontece, trabalhos para entregar mesmo depois do começo das férias. E eu suspiro e digo que sim - quer dizer é a minha nota - como dizer que não? E lá fora chove. Já nem com sol posso contar! Este tempo dá-me vontade de chorar com ele, só para aliviar as minhas nuvens. Trinta e dois é um número muito grande. Até dezasseis é grande. E no meio deste vendaval pútrido não existe tempo suficiente para o que tenho que fazer, mas há demais até às coisas que quero fazer.
"Tomorrow and tomorrow and tomorrow, time creeps on its petty pace."
Macbeth, William Shakespeare
*Joey, Friends, 4th Season, The one where Chandler crosses the line
Monday, June 11, 2007
Saturday, June 09, 2007
Entre mim e a lua
Vai não vai... Formigueiro nos dedos... E se, só por hoje... Shhh! É de noite e ficaria tudo entre mim e a lua. Eles estão ali tão perto, chamam por mim. Piscam-me o olho descaradamente. Grandes e pequenos, paperback e hardcover. Só por hoje vou pegar num deles e deixar-me ficar. Esquecer os trabalhos, obrigações, sebentas...
Não!
Sim!
Não!
Mas...
Pego em dois ou três, folheio as páginas pelos dedos, cheiro o papel, sinto o seu peso nas minhas mãos. O coração começa a bater mais forte, como se fosse mesmo mergulhar. Mas não. Bom senso um, coração zero.
Ainda 40 dias...
Wednesday, June 06, 2007
Tuesday, June 05, 2007
Sonhos de Verão
How to be good, Nick Hornby
Les Miserábles, Victor Hugo
Em nome da terra, Vergílio Ferreira
Lotte in Weimar, Thomas Mann
Das Märschen, Goethe
An ideal husband, Oscar Wilde
The constant gardener, John Le Carré
Os Maias, Eça de Queirós
Neither here nor there, Bill Bryson
Kafka on the shore, Haruki Murakami
Harry Potter and the Deathly Hallows, J.K. Rowling
North and South, Elizabeth Gaskell
Therapy, David Lodge
Mrs. Dalloway, Virginia Woolf
Diário secreto de Ana Bolena, Robin Maxwell
Thinks, David Lodge
Little women, Louisa May Alcott
Dracula, Bram Stoker
A filha da floresta, Juliet Marillier
The scarlet letter, Nathaniel Hawthorne
Wuthering Heights, Emily Brontë
The three musketeers, Alexandre Dumas
Ainda faltam 43 dias...
Monday, June 04, 2007
Dawn
Cinco e tal da manhã. Lá fora o céu vai variando de tons de azul e os pássaros começam a fazer-se ouvir, tal como os primeiros carros. Aqui trabalha-se, suspira-se e ouve-se Frank Sinatra. Quando as pestanas começam a pesar é porque está na altura de ir fazer bolinhas de sabão para a janela. Tudo para não adormecer. Estudar, escrever, produzir. Apesar do chamamento desesperado da minha almofada, querido Babar. Conto ansiosamente os dias até o fim de mais um semestre. O cansaço parece entranhado nos ossos que já só penso na pomada da liberdade e do sono. É ainda uma linha ténue no horizonte, mas há-de chegar. E por agora enfrenta-se mais uma directa, que remédio...
Saturday, June 02, 2007
Drama-king
He, too, had been dressing for the party, and all had gone well with him until he came to his tie.It is an astounding thing to have to tell, but this man, though he knew about stocks and shares, had no real mastery of his tie. Sometimes the thing yielded to him without a contest, but there were occasions when it would have been better for the house if he had swallowed his pride and used a made-up tie.
This was such an occasion. He came rushing into the nursery with the crumpled little brute of a tie in his hand.
"Why, what is the matter, father dear?"
"Matter!" he yelled; he really yelled. "This tie, it will not tie." He became dangerously sarcastic. "Not round my neck! Round the bed-post! Oh yes, twenty times have I made it up round the bed-post, but round my neck, no! Oh dear no! begs to be excused!"
He thought Mrs. Darling was not sufficiently impressed and he went on sternly, "I warn you of this, mother, that unless this tie is round my neck we don't go out to dinner to-night, and if I don't go out to dinner to-night, I never go to the office again, and if I don't go to the office again, you and I starve, and our children will be flung into the streets."
This was such an occasion. He came rushing into the nursery with the crumpled little brute of a tie in his hand.
"Why, what is the matter, father dear?"
"Matter!" he yelled; he really yelled. "This tie, it will not tie." He became dangerously sarcastic. "Not round my neck! Round the bed-post! Oh yes, twenty times have I made it up round the bed-post, but round my neck, no! Oh dear no! begs to be excused!"
He thought Mrs. Darling was not sufficiently impressed and he went on sternly, "I warn you of this, mother, that unless this tie is round my neck we don't go out to dinner to-night, and if I don't go out to dinner to-night, I never go to the office again, and if I don't go to the office again, you and I starve, and our children will be flung into the streets."
James Matthew Barrie, Peter Pan
Friday, June 01, 2007
Tuesday, May 29, 2007
Little love
Porque será que o amor pelos pequeninos é tão diferente? Tão grande desde o primeiro dia, tão inchado que por vezes parece que vamos chorar só de olhar para eles a dormirem calmamente à nossa beira. Porquê? Esta necessidade de cobrir cada centrímetro de beijos e festas, sempre, até que eles se fartam e nos puxam o cabelo. Que fizeram eles para isto? Será só da pele macia e tão branca, do palrar que ainda não é nada mas já parece tanto, dos olhos que olham bem para dentro de nós e dos braços que nos puxam para mais perto? Esta sensação que venha o que vier e quem vier serão eles sempre os primeiros do nosso coração. Aquele sorriso pequenino que seca qualquer lágrima, por mais amarga que seja, que aquece por dentro. Acho que é o sentir o nosso sangue pulsar ali, saber que estaremos ligados para sempre, não importa o que possa acontecer. É o acreditar no mais dentro de nós que subterfúgios nunca serão necessários. Que nunca seremos traídos ou enganados, que podemos amar de peito aberto. Incondicionalmente. Todos os dias.
E pensar que já lá vão dezanove anos...
On an old piece of paper...
... it said: "to my oyster", and as the words sank in again a little tear came down my face.
Friday, May 25, 2007
Banco de jardim
No jardim havia um banco. Grande e de madeira, daqueles em que se sentam uma multidão de problemas e sonhos. Numa ponta está a timidez e a ferrugem, noutra a desenvoltura e a espontaneidade. A menina nasceu na última ponta mas a vida trocou-lhe as voltas e sentou-a do outro lado. E ela ali ficou, sem perceber bem porquê, sabendo que estava no lado errado. Um dia resolveu sentar-se no lugar que lhe pertencia, mas não era assim tão fácil. A menina tinha crescido na sombra e agora é preciso aprender a suportar a luz. Passar do sossego ao movimento. Devagarinho, centrímetro a centímetro, ela avança até ao outro lado do banco como se tentasse domar um astro. No fundo é como se houvesse uma segunda pele por cima da dela que lhe dificultasse fazer meio quando sem ela a menina facilmente fazia todo. Há que aprender agora a ser natural. O problema está na canalização. Assim que ela descobrir a utilizar os seus instintos empoeirados todas as barreiras cairão por terra. Sabendo isto a menina vai tentando, aos poucos, até (um dia) encontrar o caminho certo que a leve de volta.
Wednesday, May 23, 2007
Tuesday, May 22, 2007
Mary Reilly - Haunting
Many times as I am going out of a room I look back to see him working at his desk or pacing about before the fire and I want to say, He is gone. Must he still stand between us?
But I know there is no help for it. Mr Edward Hyde will never leave us. Everything we do in this house is to cover the place where he is still. The way we never speak of him speaks of him. I never enter a room but I expect to find him there. Even now, sitting quietly at the end of the day with my candle and my journal, I seem to hear his strange light footspet on the stair.
Mary Reilly, Valerie Martin
Mary Reilly # 3
"And poor Danvers Carrew. He was a harmless old hypocrite."
Mary Reilly, Valerie Martin
Sunday, May 20, 2007
Mary Reilly - Sleepless in the night
There. I hear Master coming in from his laboratory, climbing through the dark, still house and thinking we are all of us asleep in our beds while he is left alone, awake. Can he feel that I am here, listening to him, sleepless on his account? Will he think of me as he goes into his room, lights the lamp I trimmed for him, sits on the bed I made for him, drinks the water I brought up for him, or perhaps lights the fire I laid for him and stands gazing at the burning coals until sleep finally finds us both?
Mary Reilly, Valerie Martin
Friday, May 18, 2007
Ver os dias que passam
Costumava pensar que não vivia o suficiente. Olhava para os outros sempre de um lado para o outro e eu aqui dentro de quatro paredes. Durante o ano lectivo passava o meu tempo livre no quarto, nas férias continuava no mesmo sítio. Nada de festas, de grandes sozializações. Havia algo de errado. Agora, com a promessa de férias já a desenhar-se lá longe no horizonte já não quero sair. Abracei a minha natureza assim e não a queria de outra forma. Quero dias de lazer não para ir para grandes raves e bebedeiras mas para sossegadamente viajar por páginas desconhecidas. Por redescobrir a minha língua escrita. Por ouvir a brisa a passar pelos espanta-espíritos depois do almoço. Sair sim, mas não para sítios que sejam comummente apelidados de in. Anseio por ritmos mais calientes, os mesmos de sempre, por um mundo à parte do resto de mim, pelas caras e os sorrisos de sempre. No fim não importa nada as críticas que façam sobre como giro o meu tempo. Gosto-me assim.
Mary Reilly - Mrs Farraday
In a moment the door flew openand I was seized up by the cold, mean, hungry eyes of a woman who I could see greeted every new face as an occasion for suspicion and contempt. She was tall, not well dressed but not in the poor rags of her neighbourson the street by any means, and her hair, which was wiry, silver with age, untidy, seemed to stand out about her face in anger. Though her dress was clean it was cut too low for morning, and the bones that protuded at her throat, where some gentlewoman might place a locket or a bit of ribbon, stuck out looking raw,angry, like the rest of her. When she spoke, which she did at once, her voice was husky, her accent as rude as if she hated the words she spoke.
Valerie Martin, Mary Reilly
Tuesday, May 15, 2007
Pretend
'I'm sorry, Mr Stevens,' Miss Kenton said behind mein an entirely new voice, as though she had just been jolted from a dream, 'I don't understand you.' The as I turned to her, she went on: 'As I recall, you thought it was only right and proper that Ruth and Sarah be sent packing. You were positively cheerful about it.'
'Now really, Miss Kenton, that is quite incorrect and unfair. The whole matter caused me great concern, great concern indeed. It is hardly the sort of thing I like to see happen in this house.'
'Then why, Mr Stevens, did you not tell me so at the time?'
I gave a laugh, but for a moment was rather at a loss for an answer. Before I could formulate one, Miss Kenton put down her sewing and said:
'Do you realise, Mr Stevens, how much it would have meant to me if you had thought to share your feelings last year? You knew how upset I was when my girls were dismissed. Do you realise how much it would have helped me? Why, Mr Stevens, why, why, why do you always have to pretend?'
The remains of the day
The remains of the day, Kazuo Ishiguro
Saturday, May 12, 2007
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